MAMEDE SAID MAIA (*)
Não foram as ONGs que colocaram fogo na floresta amazônica. Nem fazendeiros ou produtores rurais isolados respondem pelo aumento vertiginoso do desmatamento e do número de queimadas.
O que causou o desastre que estamos vendo foi a retórica de Jair Bolsonaro, cujo discurso anti-ambientalista estimulou madeireiros, pecuaristas e ruralistas indecorosos (nem todos o são, é verdade), que só pensam em lucros e dividendos, pouco se lixando para o meio ambiente e a preservação da Amazônia.
Desde que tomou posse, o discurso de Bolsonaro é radicalmente destrutivo e hostil ao meio ambiente. Criticou a “indústria das multas ambientais” (que nunca são pagas); investiu contra os dados do INEP; desmantelou o IBAMA e o ICMBio; alterou a composição do CONAMA, afastando dele cientistas, pesquisadores, indígenas e representantes dos estados.
Anunciou a intenção de retirar da Baía de Angra dos Reis a condição de unidade de conservação e se opôs à cobrança de taxa que visa a preservação do arquipélago de Fernando de Noronha.
Após dizer que meio ambiente “é para veganos que comem só vegetais”, Bolsonaro defendeu a exploração de minérios em terras indígenas e anunciou que irá legalizar o garimpo na Amazônia.
Em poucos dias de gestão, autorizou a entrada de 54 agrotóxicos no mercado brasileiro, vários deles classificados como extremamente tóxicos e que, por isso mesmo, são proibidos nos países europeus. O afrouxamento dos mecanismos de fiscalização e controle redundaram na ação livre e desimpedida dos inimigos da floresta.
Depois de se dirigir de forma grosseira à França, Alemanha e Noruega, na suposição de que tem tarimba para confrontar a Europa enquanto se prostra diante de Donald Trump, Jair Bolsonaro começa a se articular para minorar o estrago que causou à imagem do Brasil mundo afora.
Talvez seja tarde para isso. Sua retórica aloprada penalizará, em primeiro lugar, o país e os brasileiros. Que ele pensa que aprovam sua insanidade política e sua inépcia administrativa.
(*) Professor e atual diretor da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília.
Artigo perfeito e bastante oportuno. Parabéns ao articulista. Falou pouco, mas disse tudo !!
De fato, bolsonaro não só tem instigado a destruição da Amazônia como também tomou medidas que visam afrouxar a fiscalização de órgãos e instituições que monitoram nossas florestas, facilitando com tais medidas o avanço criminoso e predatório de madeireiras no coração da Amazônia.
Seus ataques levianos contra Ongs e instituições que atuam na preservação do meio ambiente estimularam as queimadas e por consequência o desmatamento de extensas áreas florestais que deveriam ser preservadas, mas ao invés de implementar políticas de preservação do meio ambiente, esse presidente aloprado insiste em promover a devastação da Amazônia com o único objetivo de favorecer mineradores e pecuaristas, em prejuízo das populações nativas e da fauna e da flora dessa regiões.
É urgente que se faça um exame psiquiátrico nesse cidadão. O Brasil pode estar sendo governado por um psicopata com três psicopatazinhos, seus filhos 01, 02 e 03, os quais se não forem contidos a tempo arrastarão o Brasil para o caos total !!
Não por acaso, o Desembargador Bartolomeu Bueno, do TJPE, sugeriu recentemente a interdição de Jair Bolsonaro por “falta de condições mentais para o cargo”. O desembargador Bueno está certíssimo: Bolsonaro é demente. Não tem condição alguma de continuar presidindo o país !!