A OPAQ confirmou que uma equipe de inspetores colheu amostras no sábado (21) no local do alegado ataque químico em Douma – que vem sendo apontado por Moscou e Damasco como encenação. As amostras serão enviadas ao laboratório da OPAQ na Holanda e, dali para análise nos laboratórios designados pelo órgão da ONU de monitoramento de armas químicas.
A equipe da OPAQ está na Síria a pedido oficial dos governos sírio e russo. Anteriormente, a visita havia sido adiada devido a “falta de segurança”. A Rússia havia protestado contra a demora, considerando-a “inaceitável” e que os militares russos estacionados em Douma nos termos do acordo de rendição dos jihadistas tinham como proporcionar toda a proteção necessária.
A chancelaria russa manifestou preocupação sobre a intenção, da direção da OPAQ, de visitar menos locais e entrevistar menos testemunhas. “Planos que apenas demonstram a falta de disposição em esclarecer outra provocação encenada com uso de substâncias químicas”, o que serviu de pretexto para o ataque de mísseis desencadeado por Washington e vassalos.
Contrariamente ao que vinha sendo alegado por Washington, a OPAQ declarou expressamente que o atraso de seus inspetores em Douma não se devia a Moscou ou Damasco. Conforme o chanceler Sergei Lavrov, a Rússia tem “provas de sobra” de que o ataque em Douma foi encenado por Londres.