Uma manifestação golpista, contra a quarentena, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional, estimulada por Bolsonaro e o “gabinete do ódio”, dirigido por seu filho Carlos, foi realizada na manhã do domingo (3) na Esplanada dos Ministérios.
A claque bolsonarista atacou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e os ministros Alexandre de Moraes e Dias Toffoli (presidente do STF).
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Jornalistas foram ameaçados e agredidos com chutes e pontapés pelos bolsonaristas, justamente no dia Mundial da Liberdade de Imprensa. O repórter fotográfico Dida Sampaio, do Estadão, que registrava o momento, foi cercado por um grupo bolsonarista, derrubado por duas vezes e chutado pelas costas, além de tomar um soco no estômago. Além dele, o motorista do jornal, Marcos Pereira, também foi agredido.
Repórteres e profissionais de imprensa, como da Folha, foram empurrados e ofendidos verbalmente.
Bolsonaro, que sempre que seu golpismo é repudiado pela sociedade diz que não fez nada, não soube de nada e não ouviu nada, estimulou os ataques aos jornalistas, ao Congresso e ao Judiciário.
Uma pessoa alertou Bolsonaro sobre as agressões à imprensa. “Expulsaram os repórteres da Globo, expulsaram os repórteres”, disse uma pessoa a ele.
A resposta de Bolsonaro foi: “Pessoal da Globo vem aqui falar besteira. Essa TV foi longe demais”.
Ele deixou o Palácio da Alvorada e foi até a rampa do Planalto para acenar aos manifestantes, aglomerados, que gritavam “Fora Maia”, entre outras baboseiras.
Agindo contra a Constituição, ele dissimulou dizendo querer “um governo sem interferência, que possa atrapalhar para o futuro do Brasil”. “Acabou a paciência”, disse. E diante de uma manifestação golpista ele tergiversou dizendo que “é uma manifestação espontânea, pela democracia”.
A Constituição diz que os poderes são independentes, mas Bolsonaro quer os poderes submissos a tudo de errado que ele faz. O ministro Alexandre de Moraes suspendeu esta semana a nomeação do amigo da família, Alexandre Ramagem, para dirigir a Polícia Federal, numa tentativa de aparelhar a instituição e proteger seus filhos de investigações. Bolsonaro disse que não “engoliu” a decisão do ministro e que iria desobedecer.
E novamente fez apologia da morte ao atacar a quarentena para vencer o coronavírus.
“É inadmissível. Isso não é bom”. Para ele, as medidas para conter o vírus trazem um efeito “danoso”.
No final do ato, Bolsonaro voltou a mentir tentando envolver as Forças Armadas numa esparrela e insinuando que elas apoiam o golpe contra a democracia, para estimular e instigar a insanidade dos seus apoiadores-robôs. “Vocês sabem o povo está conosco, as Forças Armadas estão ao lado da lei, da ordem, da democracia e da liberdade, também estão ao nosso lado”, disse.
Bolsonaro e os bolsonaristas estão desesperados porque estão vendo a popularidade cair, segundo pesquisas, principalmente após o ministro Sérgio Moro, ex-juiz da Operação Lava Jato, demitir-se e denunciar que o chefe do Executivo tentou aparelhar a Polícia Federal para proteger seus filhos e seu círculo íntimo de investigações (ver abaixo).
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Bolsonaro agride a Constituição as pessoas e os poderes independentes, e depois se faz de vítima, isto é típico dos covardes pois não assumem o que fazem, sempre põe a culpa em alguém. Estes covardes que agrediram os jornalistas neste domingo em Brasília, têem que serem punidos com bastante vigor, mas tudo dentro da lei.