Manifestos de intelectuais, artistas e parlamentares de diversas partes do mundo solidarizam-se com os brasileiros e alertam para o risco para a democracia brasileira representado pelo candidato Bolsonaro, a exemplo do documento assinado pelo lingüista norte-americano, Noam Chomsky, pelo ex-diretor da Unesco e fundador do Instituto Imagine Africa, Pierre Sané e dezenas de outros, que destaca “preocupação é com as consequências da vitória do candidato fascista no Brasil”.
O poeta, escritor e dramaturgo português, Sérgio Godinho, junto com líderes políticos a exemplo de Ana Catarina Martins e Francisco Louçã, firmaram o documento Solidariedade com a democracia e com os democratas do Brasil, onde se pode ler que “dentro de dias realiza-se no Brasil o segundo turno das eleições presidenciais, em que se apresenta um candidato, Jair Bolsonaro, que promove o elogio da tortura e da ditadura, que propõe a discriminação das mulheres e o desprezo pelos pobres”, e acrescenta: “Temos consciência de que vivemos tempos de ameaças sinistras e riscos de regressões civilizacionais. É por isso mesmo que valorizamos o campo da liberdade e da igualdade e apelamos à derrota de Bolsonaro”.
Dezenas de deputados dos mais variados grupos políticos do Parlamento Europeu também subscreveram o Manifesto internacional contra o fascismo no Brasil. O documento tem somado autoridades, parlamentares e intelectuais de todo o mundo “comprometidos com a Democracia e os Direitos Humanos”, para expressar “o mais profundo repúdio ao candidato de extrema-direita, Jair Bolsonaro, que disputa o segundo turno da eleição presidencial no Brasil no próximo 28 de outubro”.
Conforme o manifesto, “as posições que o candidato tem sustentado ao longo de sua vida pública e nesta campanha eleitoral são calcadas em valores xenófobos, racistas, misóginos e homofóbicos”. “O candidato de extrema-direita defende abertamente os métodos violentos utilizados pelas ditaduras militares, inclusive torturas e assassinatos”, denuncia o documento, frisando que “tais posições atentam contra uma sociedade livre, tolerante e socialmente justa”.
O documento alerta que “a decisão que o povo brasileiro tomará no segundo turno das eleições presidenciais constituirá uma escolha de transcendental importância entre a liberdade e o pluralismo e o obscurantismo autoritário, com impactos duradouros não só para o Brasil, mas para toda a América Latina e Caribe e o mundo”.
Por isso, destaca o manifesto, “conclamamos as brasileiras e brasileiros a refletirem sobre a gravidade deste momento histórico. Entre a democracia e o fascismo não pode haver neutralidade!”