
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi sorteado como relator das investigações sobre os mandantes e responsáveis pelos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, no dia 14 de março de 2018.
Na quarta-feira, 13, o inquérito sobre o caso foi enviado ao STF por determinação do ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Raul Araújo, após novas provas fazerem menção ao nome de um parlamentar federal com foro privilegiado.
O STJ só pode investigar casos que envolvam governadores de estado, desembargadores e conselheiros de tribunais de contas dos Estados. Já ao STF cabe a atribuição de apurar inquéritos sobre senadores e deputados federais.
O nome do parlamentar não foi revelado até o momento e também não há informações sobre o grau de envolvimento dele no crime. O caso segue sob sigilo.
As investigações sobre os assassinatos completaram seis anos na quarta-feira e é considerada prioridade pela atual gestão da Polícia Federal.
O STF vai analisar a validade de uma nova delação no caso Marielle Franco: a do ex-policial militar Ronnie Lessa, preso desde 2019 pela acusação de matar Marielle e o motorista Anderson Gomes.
Lessa é apontado como autor dos disparos que mataram Marielle e Anderson. Ele foi expulso da PM e condenado, em 2021, a 4 anos e meio de prisão pela ocultação das armas que teriam sido usadas no crime. A pena depois foi aumentada para 5 anos.
A informação confirmada por fontes da Polícia Federal e do STF ao blog da jornalista Andrea Sadi é de que a delação ainda aguardava homologação. Caso isso ocorra, será a segunda delação do caso Marielle: a primeira foi a do ex-PM Élcio de Queiroz, que firmou colaboração com a PF e com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).