O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia oficial da inflação do país, fechou dezembro medindo inflação acumulada de 4,41% em 2025 – dentro do intervalo da meta definida pelo governo.
O índice, divulgado no último dia 23 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), incorpora dados prévios deste mês – quando os preços, nas primeiras duas semanas, variaram 0,25%. O resultado oficial será divulgado pelo instituto em janeiro.
Em dezembro, sete dos nove grupos de produtos que compõem o IPCA tiveram aumento, com contribuição maior de Transportes, que subiu 0,69% no mês e respondeu por 0,14 ponto percentual do resultado total. As influências vieram dos preços das passagens aéreas, transporte por aplicativo e combustíveis (com aumento no etanol e gasolina, mas queda no gás veícular e no diesel).
Alimentação e bebidas, grupo que tem maior peso no IPCA, variou 0,13% no mês devido ao aumento dos preços da alimentação fora do domicílio (alta de 0,65%). A alimentação no domicílio, com queda nos preços do tomate, leite e arroz, teve desaceleração de 0,08%.
Os preços de Habitação subiram 0,17%, com contribuições do aumento do custo do aluguel residencial e da conta de água e esgoto. Vestuário teve alta de 0,69%; Despesas Pessoais, 0,46%. O grupo de Comunicação teve aumento percentual nulo, de 0,1%; o grupo de saúde e cuidados pessoais teve deflação de 0,01%; e, artigos para residência, queda de -0,64%.
INFLAÇÃO SOB CONTROLE
A meta de inflação perseguida pelo governo é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Os dados de dezembro indicam que a inflação está “sob controle”, nas palavras do próprio Banco Central, já que ao que tudo indica encerrará o ano abaixo do teto de 4,5%. Ainda assim, o Comitê de Política Monetária (Copom) promete manter o aperto monetário em 2026. Atualmente em 15% ao ano, a Selic exorbitante é justificada pelo BC como uma medida preventiva diante do risco de descontrole da inflação.











