O indicador mensal dos investimentos no PIB (Formação Bruta de Capital Fixo – FBCF), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), aponta que houve uma queda de 11,3% nos investimentos em maio de 2018, na comparação com abril. Os dados apresentados pelo instituto levam em consideração as variações típicas para o período do ano, ou seja, com ajuste sazonal.
Na comparação com maio do ano passado, os investimentos encolheram 4,5%. No trimestre terminado em maio, os investimentos recuaram 1,2% em comparação com o mesmo trimestre do ano passado.
O indicador do consumo aparente de máquinas e equipamentos (Came) – a soma da produção interna de bens de capital e das importações, excluídas as exportações – apresentou recuo 14,6% no mês de maio. E a produção interna de bens de capital com a exclusão das exportações desabou em 12,8%, enquanto a importação de bens de capital encolheu 9,8%, na passagem de abril para maio.
O indicador de construção civil também teve recuo 11,5% ante abril, e encerrou o trimestre até maio com retração de 3,6%, em comparação ao mesmo período de 2017. Já o terceiro componente da FBCF, classificado como “outros ativos fixos”, voltou a exercer efeito negativo no desempenho dos investimentos em maio, registrando queda de 4,7% na margem. Segundos o Ipea, os dados negativos refletem em grande parte os efeitos da greve dos caminhoneiros, deflagrada no final de maio, contra a política insana do governo Temer, de reajustes diários nos preços do óleo diesel.
O Brasil vive em recessão há 4 anos, e os caminhoneiros e demais setores da sociedade brasileira têm sofrido com o chamado “ajuste fiscal” de Dilma (PT) e Temer (PMDB), que além de impor juros altíssimos à indústria e cortes de investimentos públicos para engordar o setor financeiro, faz com que os brasileiros amarguem com a queda de seus salários, com o desemprego, com o aumento dos alimentos e remédios, do gás de cozinha, das tarifas de energia, do plano de saúde, entre outras necessidades básicas.
ANTONIO ROSA