
O filho Eduardo segue 1 ponto abaixo, com 59% de desaprovação. Só 32% aprovam Bolsonaro. Lula é reprovado por 45%
A postura do presidente Lula (PT) diante das ameaças comerciais feitas pelo presidente dos EUA Donald Trump tem-lhe garantido respaldo da maioria da população brasileira. É o que revela pesquisa Pulso Brasil/Ipespe.
De acordo com a pesquisa, divulgada na última sexta-feira (25), 50% dos entrevistados aprovam o comportamento e as declarações do presidente Lula diante da tentativa de ingerência do americano no Brasil. A desaprovação ficou em 45% e 5% não souberam ou não quiseram responder.
BOLSONARO E EDUARDO
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece com 32% de aprovação e 60% de desaprovação.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que fugiu para os Estados Unidos em fevereiro e está lá autoexilado, tem uma das piores avaliações: 27% de aprovação e 59% de rejeição, sendo a maior registrada.
Veja a tabela das autoridades:

É sabido que o deputado se licenciou do mandato parlamentar e foi para os Estados Unidos tramar contra o Brasil, a economia brasileira e as autoridades do País, num verdadeiro trabalho de lesa-pátria
Para isso, recebeu patrocínio financeiro declarado pelo ex-presidente de R$ 2 milhões. Ele está nos EUA trabalhando contra o Brasil a mando do pai.
ALCKMIN E HADDAD
No ranking de aprovação de lideranças políticas, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) aparece com 42% de aprovação e 37% de desaprovação. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem 38% de aprovação e 44% de rejeição, cenário relativamente equilibrado, apesar das críticas frequentes à condução da economia.
Lula respondeu com discursos duros, com reafirmação da soberania brasileira e promessa de retaliação econômica, como a possível taxação das big techs.
Segundo o levantamento, 55% dos brasileiros apoiam essa medida como forma de resposta aos EUA.
DESGASTE CRESCENTE DA IMAGEM DE TRUMP
Além do respaldo a Lula, a pesquisa mostra desgaste crescente da imagem de Donald Trump no Brasil. A desaprovação ao republicano subiu de 55%, em maio, para 61% em julho.
A aprovação caiu de 39% para 33%. Para 53% dos entrevistados, políticos brasileiros que se aproximarem de Trump terão as candidaturas à Presidência da República prejudicadas em 2026.
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), também foi avaliado e tem aprovação de 34% e desaprovação de 38%, com 28% dos entrevistados não opinando.
CONGRESSO MAL AVALIADO
No Legislativo, os números são mais críticos. Os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), dividem o posto de líderes mais mal avaliados da pesquisa, com apenas 15% de aprovação cada.
Ambos têm 49% de rejeição, enquanto os indecisos ou que não responderam somam, respectivamente, 35% e 36%. A alta taxa de desconhecimento ou neutralidade aponta para distanciamento entre o Congresso e a população.
PRESIDENCIÁVEIS MAL AVALIADOS
Outros nomes avaliados incluem o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) — 32% de aprovação e 46% de rejeição —, e o de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) — 28% de aprovação e 42% de rejeição.
Ambos têm intenções de candidatura à Presidência da República, em 2026.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) também demonstra interesse pela corrida ao Planalto. Ele tem aprovação de 21% e desaprovação de 40%.
TRUMP COM BOLSONARO
Trump ameaçou impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros caso o governo brasileiro não encerrasse o processo judicial por tentativa de golpe de Estado contra Bolsonaro.
Ele é réu no Supremo, pois entre 2022 e 2023 intentou contra a democracia e o Estado de Direito, em trama golpista exposta ao mundo, em 8 de janeiro de 2023.
A pesquisa Pulso Brasil/Ipespe ouviu eleitores em todo o País entre os dias 19 e 21 de julho. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.