O Irã foi enfático ao contestar as requentadas diatribes de Netanyahu acerca de seu suposto programa nuclear, o que serviria de pretexto para suspensão do acordo mediante o qual o Irã tem conseguido o levantamento de sanções contra o país, como parece a predisposição anunciada por Trump.
O vice-ministro de Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, afirmou que as declarações de Netanyahu sobre o suposto arsenal nuclear compõem “uma ridícula obra infantil que já presenciamos no ano passado”.
Araghchi referia-se a um desenho de uma bomba, em cartolina, que Netanyahu teve a cara de pau de apresentar como prova de armamento nuclear iraniano em 2012.
O governo iraniano esclareceu que “o regime ilegal de Israel se fundamenta em mentiras”.
Em editorial, a Agência Estatal iraniana, IRNA, destacou que o chefe israelense “é famoso por seus espetáculos ridículos”. A agência, também persa, Fars, afirmou também que o discurso de Netanyahu é como “um programa de propaganda”.
O governo de Teerã conclui que Israel utiliza esta investida contra um suposto programa nuclear iraniano com a finalidade de apresentar o Irã como uma ameaça e assim dar sua contribuição para que os Estados Unidos se retirem do acordo nuclear de 2015.
No mesmo dia, mísseis atingiram uma base militar síria em Hama. O chefe dos assaltantes de terras palestinas, Dany Danon, guindado a representante de Israel na ONU, acusou o Irã de fazer o que os EUA fizeram na Síria, ou seja, de encher o país “com 80 mil extremistas”.