O supremo líder iraniano, aiatolá Khamenei, denunciou na segunda-feira (30) que Washington está tentando “desencadear uma crise na região”, empurrando seu aliado Arábia Saudita para o confronto com Teerã. A declaração se segue à visita do secretário de Estado Mike Pompeo, dois dias após confirmado pelo Congresso, a Riad, para pressionar por mais sanções contra o Irã e em busca de apoios para a eventual retirada do acordo nuclear assinado em 2015, como Trump ameaça fazer até o dia 12 de maio.
“Os americanos estão tentando provocar a Arábia Saudita contra Teerã … seu objetivo é criar mais crises regionais … para empurrar muçulmanos a lutarem contra muçulmanos”, assinalou, lembrando a “inexperiência” de certos dirigentes (uma aparente menção ao príncipe herdeiro saudita Mohammad bin Salman).
“Se esses governos ganharem mais sabedoria, eles não confrontarão o Irã. Se confrontarem o Irã, serão derrotados”. “São os americanos que devem partir”, acrescentou o líder iraniano, apontando que “o Oriente Médio, a Ásia Ocidental e o Golfo Pérsico é nosso lar”.
Na sua visita a Riad, Pompeo disse que Washington estava preocupado com as “atividades malignas e desestabilizadoras do Irã na região”. Quando é a operação do Pentágono para “atacar sete países islâmicos” – ricos em petróleo -, inclusive a invasão do Iraque sob falsas premissas por W. Bush, a agressão à Líbia, a guerra por “procuração” (via bandos terroristas) na Síria e a intervenção no Iêmen (com os americanos vendendo armas e reabastecendo os bombardeiros sauditas), sob o biombo da “guerra ao terror”, que causou a a crise aberta.