O advogado Antônio Campos, irmão do ex-governador Eduardo Campos, informou que entrou com uma petição na Polícia Federal e na Justiça Federal em Santos (SP) para pedir investigação sobre a possibilidade de ter havido sabotagem que levou à queda da aeronave em Santos, na campanha presidencial de 2014, que vitimou o ex-governador pernambucano e mais seis pessoas.
O advogado disse ter sido procurado por peritos, que apontaram essa possibilidade.
Um fato novo, apontado na petição à PF, seria a informação de que o sensor de velocidade (speed sensor) estaria desligado. “O speed sensor da aeronave à toda evidência foi desligado, intencional ou não, sendo essa última hipótese de não intencional improvável, o que caracteriza que o avião foi preparado para cair, o que caracteriza sabotagem e homicídio culposo ou doloso. Tal fato é grave e relevante na investigação da causa do acidente, podendo mudar o curso da investigação”.
Antonio Campos acusou o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes (Cenipa) de esconder dados. “A negativa imperativa do Cenipa em fornecer dados de vôo colhidos pelos motores, através do Data Collection Unit, demonstram que o órgão pretendeu (e conseguiu) esconder dados que esclareceriam que os pilotos perderam, literalmente, o controle do PR-AFA (nome da aeronave)”.
O irmão de Eduardo Campos anunciou que também vai levar o caso à Procuradoria-Geral da República e ao Ministério da Justiça.