
A poucos meses para as Olimpíadas de Paris de 2024, os atletas brasileiros conquistam índices olímpicos e pódios nas etapas preparatórias, o que aumenta e qualifica ainda mais a delegação do Time Brasil. Nesse final de semana, os atletas da Canoagem, Natação, Judô e Ginástica Rítmica brilharam em suas etapas.
Na canoagem, Isaquias Queiroz conquistou sua segunda medalha de ouro na etapa de Szeged da Copa do Mundo de canoagem velocidade, na Hungria, neste domingo (12). Depois de vencer o C1 500m na véspera, ele triunfou na prova olímpica do C1 1000m, vencendo adversários que enfrentará em Paris-2024. No mesmo dia, Gabriel Nascimento e Mateus Nunes conquistaram o bronze no C2 1000m.
O campeão olímpico encarou uma jornada dupla para conquistar mais um ouro na competição. Logo cedo, Isaquias venceu sua bateria semifinal com 3min48s90. Já na grande decisão, disputada pouco menos de duas horas depois, ele conquistou o ouro com folga, ao marcar 3min45s84, mais de um segundo à frente do segundo colocado, que foi o francês Adrien Bart com 3min47s23.
Esta foi a primeira aparição internacional de Isaquias Queiroz no ano olímpico. Ele encerrou sua participação com 100% de aproveitamento, vencendo todas as baterias das duas provas que disputou: o C1 500m (distância não-olímpica) e o C1 1000m (distância olímpica). Dono de quatro medalhas olímpicas, o baiano de 30 anos buscará seu segundo ouro em Paris-2024.
A dupla brasileira formada por Gabriel Assunção Nascimento e Mateus Nunes Bastos dos Santos conquistou a medalha de bronze no C2 1000m, categoria que saiu do programa olímpico em Tóquio e foi substituída pela distância dos 500 metros para Paris. Os dois jovens completaram o percurso com o tempo de 3min37s25.
Na natação, Guilherme Costa e Guilherme Caribé se garantiram em mais uma prova nas Olimpíadas de Paris. Neste sábado, pelo último dia de finais da Seletiva de Natação, que está sendo disputada no Rio de Janeiro, Caribé bateu o índice olímpico nos 50 metros livre.
Apesar de não ter alcançado a marca ao levar o ouro, Guilherme Costa, o Cachorrão, já havia conseguido o tempo necessário para se classificar nos 800 metros livre e tinha salvaguarda.
Guilherme Costa ficou muito perto de conseguir novamente o índice olímpico de 07min51s65 nos 800m livre masculino. Cachorrão fez o tempo de 7min53s04, mas já tinha nadado mais rápido no Mundial de 2023 e conseguido a marca necessária para ir a Paris. Como ele tinha salvaguarda, o ouro no Troféu Brasil bastou para garantir a vaga nos Jogos.
Além dessa prova, Guilherme vai disputar outras duas nas Olimpíadas: os 200m livre e os 400m livre. Stephan Alexander (07min58s89) ficou com a prata e Thiago Ruffini (08min00s99) com o bronze.
Ainda, Nicolas Albiero garantiu mais uma vaga para o Brasil nas Olimpíadas de 2024. Na piscina da Comissão de Desportos da Aeronáutica, no Rio de Janeiro, palco da Seletiva Olímpica de Natação, Albiero foi campeão nos 200m borboleta masculino e vai representar o Brasil em Paris 2024. O jovem de 24 anos vai para a primeira edição de jogos Olímpicos da carreira.
Nascido nos Estados Unidos e naturalizado brasileiro, Nicolas é filho de um brasileiro e de uma norte-americana. Atualmente representando o Minas, Albiero foi grande destaque nas seleções de base dos Estados Unidos, antes de decidir nadar pelo Brasil. Após a prova, Nick falou sobre o sentimento de disputar as Olimpíadas pelo país.
No Judô, o Brasil conquistou duas medalhas de prata no primeiro dia do Grand Slam de Astana. Na última sexta-feira (10), Rafaela Silva foi superada só na final da categoria até 57kg pela canadense Christa Deguchi, atual campeã mundial, em uma revanche do Campeonato Pan-Americano.
Larissa Pimenta foi à decisão da categoria até 52kg e só parou diante da israelense Gefen Primo para também ir ao pódio no Cazaquistão. As duas já estavam classificadas para as Olimpíadas de Paris.
Bicampeã mundial e campeã olímpica, Rafaela Silva travou um duelo com a também bicampeã mundial Deguchi na final da categoria até 57kg. Há duas semanas, as rivais mediram forças também na decisão do Campeonato Pan-Americano do Rio de Janeiro, com vitória da brasileira.
Em Astana, as duas tiveram posturas muito defensivas e rapidamente ficaram penduradas com duas punições cada. A canadense passou então a ser mais ofensiva, e Rafaela acabou tomando a terceira punição, que selou a revanche de Deguchi. Foi o sexto triunfo da canadense em 10 lutas contra Rafaela.
Para chegar à final nesta sexta, Rafaela Silva venceu a azeri Fidan Alizada por punições, passou pela croata Tihea Topolovec por waza-ari e imobilização e bateu a uzbeque Shukurjon Aminova por ippon. Na semifinal, superou por waza-ari a francesa Sarah-Léonie Cysique, atual vice-campeã olímpica.
Na Ginástica Rítmica, o conjunto brasileiro de ginástica rítmica conseguiu um ótimo resultado neste sábado, na etapa da Copa do Mundo de Portimão, em Portugal. O quinteto formado por Maria Eduarda Arakaki, Victoria Borges, Deborah Medrado, Sofia Madeira e Nicole Pircio conseguiu uma nota 68.850, considerada alta, e ficou com a medalha de prata. A Espanha foi campeã com 70.300 pontos.
A equipe do Brasil conseguiu a pontuação na soma das apresentações de cinco arcos e mista (três fitas e duas bolas). Essa foi a primeira medalha do conjunto brasileiro na temporada e a melhor colocação do quinteto em uma etapa da Copa do Mundo. Mesmo não sendo os mesmos aparelhos dos Jogos de 2021, essa nota daria ao Brasil a quarta colocação nas Olimpíadas de Tóquio, por exemplo. As brasileiras já estão classificadas para os Jogos Olímpicos de Paris.
Nos cinco arcos, o quinteto brasileiro conseguiu 35.950 pontos, atrás apenas das espanholas. Neste sábado, nas três fitas e duas bolas, a nota foi 32.900, de novo perdendo apenas para as campeãs da etapa.
No Hipismo, Yuri Mansur, cavaleiro Olímpico brasileiro, venceu o tradicional Grand Prix Longines de Hamburgo montando Miss Blue-Saint Blue Farm no último sábado, na Alemanha. A conquista é uma das principais da carreira do conjunto, e importante também para o hipismo nacional às portas dos Jogos Olímpicos.
Participaram da competição 50 conjuntos, e 14 não cometeram faltas, passando à 2ª e decisiva volta. Na final, seis conjuntos zeraram e Yuri fechou com 42s96, superando o campeão Olímpico suíço Steve Guerdat, montando Lancelotta, que ficou em segundo a 1s37 do brasileiro.
“Essa vitória significa muito para mim: é a realização de um sonho”, disse Yuri em entrevista à Confederação Brasileira de Hipismo logo após a prova.
Ele, que foi o melhor brasileiro em Tóquio 2020, completa 45 anos esse mês e integra, ao lado de Miss Blue – égua brasileira filha do cavalo Chacco-Blue – a lista de candidatos que podem formar o Time Brasil de salto no hipismo em Paris 2024.