O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) criticou fortemente neste domingo (1), os cortes em direitos sociais anunciados pela equipe econômica do governo esta semana.
Sua declaração ocorreu durante a missa de batizado de sua filha com a deputada Fernanda Melchionna e Silva (PSol-RS), a menina Dandara, de dois meses de idade, que contou com a presença do padre Júlio Lancellotti.
“Temos uma preocupação quando vemos a intenção de mudar a política do salário mínimo, que é um problema, porque o salário mínimo é a fonte para a vida de muitos trabalhadores”, disse Orlando, destacando que, desta vez, não falaria de moradores de rua. “Nós temos preocupação em mexer com o abono salarial. Quando você está desempregado, você precisa de mais apoio do Estado e não de menos apoio”, acrescentou o parlamentar.
Hoje cedo fui à missa com @fernandapsol e Dandara.
A celebração do @pejulio é sempre muito inspiradora para renovar nossas lutas, para espalhar amor e solidariedade! Saímos de lá mais confiantes e fortes para enfrentar as batalhas.
E Dandara saiu abençoada! pic.twitter.com/lVSp9qSyDX
— Orlando Silva (@orlandosilva) December 1, 2024
“Nós temos preocupação em mexerem com o BPC (Benefício de Prestação Continuada), que é um benefício que é dado para pessoas mais velhas que não têm contribuição regular da previdência, não que não tenham dado contribuições ao longo da vida, é que não está registrado nessa e organizado dessa maneira e sobretudo famílias que têm uma pessoa com deficiência, que precisam muito desse apoio, por quê, porque as famílias têm que ter uma pessoa que cuida dessa pessoa com deficiência”, alertou.
Orlando destacou ser positiva a intenção de isentar os trabalhadores de imposto de renda. “O ministro da Fazenda Fernando Haddad apresentou uma série de sugestões. Uma delas muito boa, que é elevar o teto de isenção do imposto de renda para cinco mil reais, que é algo justo, quem ganha três mil reais, quatro mil reais, nem deveria ser cobrado imposto como renda porque não é renda, é salário que nutre as famílias do Brasil. Muito boa essa ideia”, disse o deputado antes de falar sobre as suas preocupações.
O parlamentar condenou as pressões do mercado pelos cortes sociais. “Eu peço que vocês todos tenham atenção, porque até mesmo em governos nossos, me permitam falar assim porque eu sou da base do governo, existem riscos de mexer com temas muito sensíveis para nós. Isso ocorre porque um ser abstrato chamado mercado, atua com muita força no parlamento para restringir certas políticas sociais”, assinalou, convocando todos para a batalha contra os retrocessos e fazer um movimento muito forte para taxar os super ricos no Brasil, que não pagam impostos.