
O deputado Gilvan da Federal (PL-ES), que falou que desejava a morte do presidente Lula, voltou atrás depois da pressão recebida e do pedido para que a Polícia Federal o investigue e agora disse que, como cristão, “não desejo a morte de qualquer pessoa”.
“Um cristão não deve desejar a morte de ninguém. Então, eu não desejo a morte de qualquer pessoa. Mas reconheço que exagerei na minha fala”, declarou o bolsonarista na quinta-feira (10).
Sua declaração anterior na Comissão de Segurança da Câmara foi tão absurda que ninguém, nem mesmo seus amigos bolsonaristas, o defendeu.
Na terça (8), esqueceu-se que era cristão (deve ser cristão só na hora que lhe convém) e declarou: “Eu quero mais que o Lula morra, quero que ele vá para o quinto dos infernos. Não vou dizer que eu vou matar cara, mas eu quero que ele morra, que vá para o quinto dos infernos. Nem o diabo quer o Lula, por isso que ele está vivendo aí. Superou o câncer. Tomara que ele tenha uma taquicardia, porque nem o diabo quer a desgraça desse presidente que está afundando o país. Quero mais que ele morra mesmo”.
A Advocacia-Geral da República (PGR) acionou a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo uma investigação por ameaça e incitação ao crime.
A declaração de Gilvan da Federal foi repudiada por diversos parlamentares. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), falou que “quando você deseja, comemora, a morte de alguém, o primeiro que morreu foi você mesmo”, mencionando o Papa.
Até Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho de Jair, não conseguiu defender o próprio aliado e disse que aquela ”não é uma postura que se espera de um parlamentar”.