Atrocidades sob mando de Netanyahu, com tropas da ocupação cercando Jenin, na Cisjordânia, em especial hospitais, e prendendo dezenas de palestinos um dia depois de soltar prisioneiros como resultado do acordo de cessar-fogo é evidente instigação para sabotar os entendimentos no afã de voltar ao genocídio
As tropas de Netanyahu transferiram o genocídio do povo palestino para a Cisjordânia e um dia depois do cessar-fogo em Gaza, assassinaram 10 palestinos e feriram outros 40.
O morticínio se deu com artilharia aérea e ataque com atiradores. Na razia foram usados blindados, helicópteros e tratores. ´
No mesmo dia, em intervenção militar na cidade cisjordana de Azzun, foram presos 64 palestinos, logo depois de o acordo ter feito Israel soltar 90 palestinos.
Netanyahu chamou a sabotagem do cessar-fogo de “operação muro de ferro para derrotar o terrorismo”.
A agressão foi precedida de uma noite de terrorismo pelas hordas de colonizadores judeus que atuam na região. Nos ataques a aldeias palestinas, na segunda-feira à noite, carros foram incendiados e casas apedrejadas.
O prefeito de Jenin, Kamal Abu al-Rub, disse à agência AFP que Jenin está sofrendo uma invasão e cerco”.
Os tratores foram usados para formar montes de terra e pedra para impedir a passagem de veículos palestinos inclusive ambulâncias.
O diretor do hospital público de Jenin, Dr. Wissam Bakr, denuncia que três médicos e duas enfermeiras foram baleados a caminho do hospital.
Também ficou ferido um professional do hospital Al Amal denunciou: “Eu fui chamado, na terça-feira, ao hospital diante do crescimento no número de feridos e, no momento em que descia do carro e comecei a caminhar para o hospital, um atirador me baleou abaixo do joelho”.
“Outro médico foi atingido no mesmo local”, acrescentou, “o exército israelense está atirando sem parar”.
As informações são de que nesta quarta-feira todas as estradas que se dirigem a Jenin estão bloqueadas por barreiras criadas por tratores, inclusive as ruas que levam ao hospital.
Na cidade de Azzun, também na Cisjordânia, tropas israelenses forçaram o fechamento de todas as lojas.
“As forças da ocupação invadiram casas e uma mesquita, prendendo 64 residentes, incluindo crianças, uma delas de sete anos de idade”, disse Fares, um dos moradores da cidade.
“No momento da detenção os moradores foram forçados a deitar de costas e a ficarem com o rosto voltado para o chão em uma praça. Depois foram obrigados a marchar com a mão no ombro do que estivesse a sua frente e olhando para baixo”, disse Fares, à Agência Anadolu.
Dali os detidos foram levados a um campo de concentração próximo à cidade de Qalqilya.
Nesta invasão, três palestinos, que resistiram à prisão foram espancados e tiveram de ser hospitalizados.