Uma multidão participou, no dia 2, do funeral da enfermeira palestina, Razan Najjar, assassinada por forças israelenses, no dia anterior, na fronteira com a Faixa de Gaza.
Uma equipe médica que incluia a enfermeira que morreu atingida no peito com uma bala disparada desde Israel, aproximou-se da cerca que separa Gaza de Israel com as mãos erguidas com a finalidade de socorrer manifestantes feridos que participavam do protesto denominado “Marcha do Grande Reorno” contra a usurpação de suas terras e seus direitos e o insano bloqueio à Faixa de Gaza.
Um video liberado pelas autoridades da Faixa de Gaza mostra os integrantes da equipe todos com jalecos brancos, correndo em direção à cerca com as mãos levantadas.
Em um primeiro momento, a equipe foi atingida por granadas de gás lacrimogêneo, a seguir, a enfermeira Najjar recebeu um tiro no peito e faleceu.
Najjar atuou voluntariamente socorrendo manifestantes palestinos feridos desde os primeiros momentos da Marcha que consistia na aproximação de palestinos desarmados à fronteira com Israel.
O enviado especial da ONU para o Oriente Médio, Nickolay Mladenov, reagiu indignado: “Trabalhadores da saúde não são alvos! Os palestinos em Gaza já sofreram bastante”.
O parlamentar palestino-israelense, Ahmad Tibi, delcarou que a morte de Najjar “é um hediondo crime de guerra”. Até agora mais de 120 palestinos foram mortos à bala durante manifestações pacíficas em Gaza.
NATHANIEL BRAIA