
O ataque israelense contra o Hospital Nasser, em Khan Younis, nesta segunda-feira (25), matou mais de 20 pessoas, entre os quais cinco jornalistas e o pessoal do resgate
O Nasser é o único hospital em funcionamento no sul da Faixa de Gaza, dessa vez as forças de Israel o bombardearam duas vezes. Na primeira elas atingiram o andar superior do hospital; na segunda, atingiram as equipes que estavam realizando o resgate das vítimas do primeiro bombardeio.
“O ataque causou pânico e caos generalizados, interrompeu as operações na unidade cirúrgica e privou os pacientes e feridos de seu direito ao tratamento,” comunicou o Ministério da Saúde palestino.
O Ministério também comunicou que o ataque das forças de Israel “é uma continuação da destruição sistemática do sistema de saúde, uma continuação do genocídio e um desafio flagrante ao mundo inteiro e a todos os valores da humanidade e da justiça.”
Jornalistas afiliados a organizações internacionais de notícias como a Al Jazeera, Reuters e Associated Press, estão entre os mortos em mais um flagrante dos crimes que Israel está cometendo contra a população de Gaza e devastação nas equipes jornalísticas para silenciar a mídia que revela cada vez maior indignação fazendo crescer a denúncia dos crimes do regime israelense.
Hossam al-Masri, jornalista e fotógrafo que trabalhou para a Reuters, Mohammed Salama, que trabalhou para a Al Jazeera, Mariam Abu Daqa, que trabalhou pra agências de notícias árabes e para a Associated Press, Moaz Abu Taha, que trabalhou para a rede americana NBC e Ahmed Abu Aziz, que trabalhava para os portais Middle East Eye e Al Quds.
Eles foram assassinados por Israel por denunciarem o genocídio que estão fazendo contra o povo palestino. Desde outubro de 2023, Israel já matou mais de 240 jornalistas em Gaza,
A Defesa Civil de Gaza informou que um de seus socorristas, o bombeiro Emad Abdel Hakim al-Shaer, foi morto no segundo ataque e mais sete ficaram feridos enquanto estavam tentando resgatar dos escombros as vítimas do primeiro. “Exigimos a suspensão imediata do ataque a instalações médicas e da entrada de suprimentos essenciais,” disse Mahmoud Basal, porta-voz da Defesa Civil de Gaza.
Um quinto jornalista, Ahmed Abu Aziz, que trabalhava para a Quds Feed Network e o Middle East Eye, sucumbiu aos ferimentos, de acordo com o comunicado do Escritório de Mídia do Governo de Gaza.
“Os colegas jornalistas foram martirizados quando a ocupação israelense cometeu um crime horrível ao bombardear um grupo de jornalistas que estavam em uma missão de cobertura de imprensa no Hospital Nasser, na província de Khan Younis, e muitos mártires foram vítimas desse crime”, disse o Escritório de Mídia.
“Consideramos a ocupação israelense, a administração americana e os países que participam do crime de genocídio, como Reino Unido, Alemanha e França, totalmente responsáveis por cometer esses crimes hediondos e brutais.”