Um artigo do ‘The New York Times’ (NYT) expôs que as ‘Forças de Defesa de Israel’ liberaram o morticínio de 20 civis para eliminar um único combatente e que foi autorizado matar até 100 civis em caso de liderança da resistência.
O NYT revelou que, poucas horas após o início do ataque de 7 de outubro, as forças armadas de Israel emitiram uma ordem inédita autorizando o bombardeio irrestrito de áreas civis de Gaza.
A ordem em 7 de outubro foi seguida por outra, lançada em 8 de outubro, que de acordo com NYT, liberava “ataques a alvos militares em Gaza, autorizados a colocar em perigo cumulativamente até 500 civis por dia. E acrescenta: houve muitos dias em que mais 500 mortes foram relatadas em Gaza.
Segundo o artigo publicado na quinta-feira(26), qualquer pessoa vagamente associada ao Hamas, mesmo sem ser combatente, o governo de Israel autorizou o exército a bombardeá-la, mesmo em suas casas com suas famílias.
“Isso significava, por exemplo, que os militares podiam atacar militantes comuns, pois eles estavam em casa cercados por parentes e vizinhos,” descreveu o artigo.
O jornal americano citou fontes militares israelenses que usaram exemplo de ordens permitindo os bombardeios de supostos militantes do Hamas enquanto eles estavam em suas casas cercados de parentes e vizinhos civis. Em alguns casos as mortes de civis atingiram 100 mortos por cada suposto membro do Hamas.
“Comandantes seniores aprovaram ataques contra líderes do Hamas que eles sabiam que colocariam em risco mais de 100 não combatentes – cruzando um limiar extraordinário”.
“Em cada ataque, dizia a ordem, os oficiais tinham autorização para arriscar matar até 20 civis,” para atingir um combatente, relatou o NYT, que entrevistou mais de 100 oficiais e soldados incluindo 25 militares responsáveis por selecionar os alvos.
Bombas não guiadas de 1 tonelada foram usadas e sistemas falhos para reconhecimento de possíveis alvos. O limite de quantos ataques eles poderiam fazer, por dia, em Gaza, foi removido e nas primeiras sete semanas, depois dos ataques de 7 de outubro, mais de 30.000 munições foram usadas contra Gaza.
As autoridades de saúde em Gaza relatam que desde 7 de outubro, mais de 45.400 pessoas foram mortas, além de outros 107.940 feridos. A maioria das vítimas são mulheres e crianças. Gaza se tornou o lugar com o maior número de amputações de crianças no mundo e por causa dos bloqueios de Israel contra o envio de ajuda humanitária, se tornou um matadouro de fome e doenças.
Segundo o site da revista médica ‘The Lancet’, uma das mais prestigiadas no mundo, o número de mortos pode ultrapassar 200 mil pessoas pela falta de recursos médicos e de alimentos.
O bombardeio indiscriminado contra Gaza evidencia os planos genocidas de Israel, com a intenção de fazer limpeza étnica da população palestina e a anexação de seu território.