Explosão foi filmada e divulgada por soldado da ocupação genocida de Netanyahu
Tropa de Netanyahu destruiu, no sábado, 27, o principal tanque de água potável da cidade de Rafah.
A Prefeitura de Rafah, cidade ao sul de Gaza, denuncia que a destruição exacerba o sofrimento já imposto aos palestinos, tanto os que já residiam na cidade, quanto os vindos de outras regiões da Faixa de Gaza deslocados através de ameaças, tiros e bombas israelenses.
As autoridades de Rafah dizem que não há material de construção para erguer novo tanque que servia ao fornecimento – já precário – de água aos moradores.
Mostrando o desprezo pelo sofrimento humano cada vez mais intenso imposto pela agressão, um dos soldados invasores, que integra a 401ª Brigada postou um vídeo mostrando a destruição com o seguinte comentário: “Destruição do tanque de água Tal al Sutan, em honra ao sábado”.
Veja o vídeo:
Segundo o jornal israelense Haaretz, a destruição foi determinada pelos comandantes de 401ª Brigada.
O prefeito de Rafah, Dr. Ahmed Al-Sufi, considera a destruição do principal reservatório de água da região um crime contra a humanidade e uma escalada na política israelense de punição coletiva e genocídio.
Al-Sufi informou que o tanque podia armazenar 3.000 metros cúbicos de água e fornecer a uma capacidade operacional de 180 metros cúbicos por hora.
Para ele, os soldados da ocupação, ao destruir o tanque, “revelam o verdadeiro objetivo que é a destruição das possibilidades de atenção às necessidades vitais e descaso pelas leis internacionais”.
Desde o início da agressão israelense, têm sido documentados ou testemunhados, incluindo fotos e vídeos, assim como depoimentos, mostrando soldados israelenses cometendo as mais diversas violações no território palestino, levando ao repúdio ao genocídio por todo o Planeta.
Segundo ainda o Haaretz, “a área que é localizada a noroeste de Rafah fica nas regiões que o próprio exército israelense definiu como seguras”. Obrigando centenas de milhares de palestinos a se deslocarem para regiões, como esta, sob ameaças, tiros e bombas. Hoje, estão presentes mais de um milhão de palestinos, muitos residindo em tendas, nesta cidade ao sul da Faixa de Gaza abarrotada.
Ao longo de nove meses de destruição, o massacre israelense deixou vastas regiões de Gaza em ruínas e isso em meio a um bloqueio de alimentos, água, medicamentos e combustível.
A explosão ocorre juntamente com perpetrações de atrocidades diárias e as mais diversas em um momento em que Israel é investigado por crime de genocídio na Faixa de Gaza por petição do governo da África do Sul.
O bombardeio prossegue em contraposição a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU demandando um imediato cessar-fogo.