O governo de Netaniahu iniciou esta semana sua operação racista de deportação em massa de refugiados africanos, por meio do envio de cartas “instando-os” a retornarem aos países africanos assolados por guerras civis ou fome de onde fugiram.
Está sendo “ofertado” aos que aceitarem – a outra opção é campo de concentração perpétuo no deserto de Negev – uma passagem de avião sem volta de preferência para Ruanda e mais US$ 3500 em dinheiro, que provavelmente lhe será tomado assim que desembarcar no seu novo destino.
Apesar das ameaças de prisão perpétua no Negev, muitos refugiados afirmam que preferem isso a retornarem à África, mais especificamente a Ruanda, do notório Paul Kagame. “Eu não vou para lá”, afirma, já dominando o hebraico, Abda Ishmael, de 28 anos, que veio da Eritréia. Ela se encontra em abrigo, junto com 1.200 imigrantes, em Holot, perto de Tel Aviv. O abrigo será fechado em 1º de Abril, como parte das medidas para expulsão dos 42.000 africanos, na maioria da Eritreia e do Sudão, hoje em Israel. “Amigos e conhecidos que foram para Ruanda e Uganda tiveram destino ruim”, afirma ainda Abda, que acrescenta: “Só estamos buscando asilo”.
Outros refugiados denunciam que já houve casos em que alguns que retornaram a Ruanda foram levados até a fronteira com a Uganda e de lá para o Sudão do Sul, onde são deixados no meio da madrugada e obrigados a atravessar a fronteira, sem documentos, rumo ao país em guerra, como informa o portal israelense The Times of Israel.
Com esta medida, Israel dá mais um passo revelador de sua condição de regime de Apartheid. O pretexto, de detestável similaridade com a perversidade nazista, é a manutenção da suposta “pureza judaica” de Israel.
A barbaridade, que torna os executores da medida incursos em crimes de lesa-humanidade previstos pela Convenção de Genebra para Refugiados, que Israel firmou em 1951 e que considera crime obrigar refugiados a voltarem a países de onde fugiram de condições hostis ou corram risco à sobrevivência.
Shishay Tewelde Medihin, de 24 anos, disse que ao fazê-lo retornar a Ruanda e Uganda, “Israel está pondo minha vida em risco”.
“Pretendo ficar por tempo indefinido em Saharonim”, prisão para onde os refugiados que se recusarem a voltar devem ser levados, acrescenta Shishay.
Segundo o Minstério do Interior de Israel, dos 42.000 africanos que vivem em Israel, metade são menores de idade.
Em declarações oficiais, integrantes do Ministério do Interior têm dito que nenhum dos que pedirem asilo e receberem a concessão será molestado. O cinismo impressiona quando checamos os números: 15.400 já preencheram os pedidos de asilo. Dos quais só 6.600 foram examinados e o número de vistos de asilo concedidos e de…11.
A maior parte destes imigrantes chegou a Israel através da desértica fronteira com o Egito em 2007. Depois disso, a fronteira teve a vigilância reforçada, o que findou com a imigração de africanos ao país.
Os refugiados protestaram diante da embaixada de Ruanda, em Tel Aviv, contra a aceitação da oferta israelense de US$ 5.500 por pessoa que o país africano receber. “Somos refugiados! Não somos criminosos!” e “Vergonha Ruanda!”, protestavam os manifestantes.
Entre os judeus também houve rechaço à medida racista de Netaniahu e do “kapo” marroquino Arieh Deri (ministro do Interior). 130 rabinos denunciam a vergonha e, lembrando os holandeses que se arriscaram para refugiar Anne Frank e muitos outros judeus, pediram a toda família judia israelense que dê abrigo a pelo menos um africano. O rechaço recebeu apoio de 300 médicos, além de dois pilotos da companhia de aviação israelense que se declararam em recusa a transportar refugiados de volta à África.
NATHANIEL BRAIA
Se Israel é tão nefasto assim, por que os africanos não pedem asilo nos países islâmicos, que são amistosos, hospitaleiros, amigos de todos, pacíficos? Por que Israel?
Os africanos estão vindo dos países islâmicos – aqueles que, com ajuda de Israel, os EUA conseguiram transformar em um inferno para os africanos e islâmicos.
Quando acontece nos países ocidentais, então os judeus que vivem no ocidente dizem que nós devemos receber os estrangeiros de portas abertas, mas quando acontece no país deles, eles até pagam para os imigrantes voltarem para casa, ou para virem para cá, para os “países do terceiro mundo”. Parabéns, Israel! Eternas “vítimas”.
Venetia, vamos olhar mais para o nosso rabo, o que tá acontecendo com os venezuelanos que estão vindo para o Brasil, estão sendo queimados vivos em Roraima. Vocês não sabem a quantidade de civis sírios tratados em Israel devido a guerra. Mas para abrigar refugiado do mundo todo não tem como, não há terra suficiente. O que querem é denegrir a imagem de Israel para que um dia ele acabe de vez. O que fazer com 7 milhões de israelenses, no qual 90%, depois de 70 anos, nasceram lá? Mandá-los pra Europa?
DECISÃO SUPER INTELIGENTE ENTRE REFUGIADOS INFILTRAM SE TAMBEM OS TERRORISTAS , QUE EM GRANDE PARTE VEM DE PAÍSES AFRICANOS
O problema é que em Israel os terroristas não precisam se infiltrar, pois estão no poder.