O Alto Comissário dos Direitos Humanos da ONU, Zeid Ra’ad Al Hussein, pediu uma investigação independente do assassinato do cadeirante palestino Ibrahim Abu Thurayeh com um tiro na cabeça, durante manifestação em Gaza, no dia 15. Hussein descreveu o assassinato como “um ato chocante e gratuito”. Thurayeh, de 29 anos e que perdera as duas pernas no bombardeio de Gaza de 2008, havia se tornado um símbolo da resistência, sempre fazendo o sinal de vitória e empunhando bandeira palestina.
A manifestação havia sido convocada após o presidente norte-americano Donald Trump ter reconhecido Jerusalém como capital de Israel.
Thurayeh, de 29 anos e que perdera as duas pernas durante o bombardeio de Gaza de 2008, havia se tornado um símbolo da resistência, sempre fazendo o sinal de vitória e empunhando uma bandeira palestina – como ficou registrado em uma das suas últimas imagens ainda vivo, e que está correndo a internet.
Hussein acrescentou que “não há nada que sugira que Ibrahim Abu Thurayeh representava uma ameaça iminente de morte ou ferimentos graves quando foi morto. Dada a sua grave deficiência, que deve ter sido claramente visível para quem atirou nele, sua morte é incompreensível”.
Foram vários disparos, segundo a agência Reuters. Nas manifestações em Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental 8 palestinos foram mortos e 150 ficaram feridos. Horas antes de seu assassinato, conforme vídeo registrado pela AFP, Thurayeh é visto dizendo “esta terra é a nossa terra, não vamos desistir. A América tem que retirar sua decisão”.
No que parece ser uma confissão explícita de assassinato, o exército de ocupação declarou imediatamente após o assassinato que “nos distúrbios violentos”, os soldados israelenses haviam disparado “seletivamente contra os principais instigadores”.
Agora, diante do escândalo provocado pela covardia ímpar, o exército de ocupação passou a dizer que “não houve falhas morais ou profissionais” e que quando atiraram foi “sob supervisão de um comandante sênior no terreno”.