Milhares de manifestantes tomaram as ruas de Tel Aviv exigindo a renúncia do primeiro-ministro israelense, Biniamin Netaniahu, logo após a divulgação das investigações policiais que concluíram que há provas suficientes para que a Procuradoria Geral peça sua condenação por corrupção em dois casos.
A manifestação aconteceu no dia 16. As placas mais vistas no ato exigiam: “Fora Corruptos” e as palavras de ordem proclamavam: “Fora Vigaristas” e “Ministro Ciminoso”.
Netanyahu, a exemplo de outros ocupantes do poder, no Brasil, Peru, Equador, entre outros, pegos com a boca na botija, diz que não fez nada de errado.
“Pensamos que o desqualificado primeiro-ministro deveria renunciar”, afirma a professora de música, Shlomit Bar, presente à manifestação, que acrescenta: “Ele não pode mais ser o primeiro-ministro de Israel”.
“De um ponto de vista moral, isso é uma desgraça, termos um primeiro-ministro suspeito de tais crimes sérios”, declara outro manifestante, Oren Simon, “Basta!”, diz Simon.
Uma pesquisa publicada dois dias antes pela TV Reshet diz que somente 25% dos eleitores acreditam nas alegações de inocência de Netaniahu.
Além das duas investigações já concluídas, Netanyahu ainda é investigado em mais dois casos.
O Caso 1000, denuncia que ele e sua mulher aceitaram presentes de forma ilegal de empresários interessados em obter benefícios do Estado; o Caso 2000, acusa Netaniahu de compra de cobertura favorável em jornal; o Caso 3000, também conhecido como “escândalo dos submarinos” denuncia articulação entre o governo dele e vendedores da empesa alemã de quem Israel comprou submarinos e há ainda o Caso 4000, em que um assessor do primeiro-ministro passou informações privilegiadas para os donos da maior empresa de telecomunicações do país.
Ele e sua mulher, Sara, são também acusados de usar dinheiro público para realizar melhorias em suas propriedades. Segundo pesquisa recente publicada pelo jornal israelense Yediot Ahronot (Últimas Notícias), Sara também tem culpa em cartório e a polícia deve indiciá-la.
A bola agora está com a Procuradoria Geral.