Uma imensa coluna de mulheres israelenses e palestinas chegou a Jerusalém após duas semanas de caminhada atravessando todo o Estado de Israel e caminhando nas margens do rio Jordão, em território palestino, exigindo acordo de paz entre Israel e Palestina.
A marcha convocada pelo movimento “Mulheres lançam a Paz”, teve início em 24 de setembro e convergiu para Jerusalém no dia 8 de outubro onde foi realizado uma grande concentração pela paz. Entre as participantes, muitas mães e filhas que foram diretamente afetadas pela violência do conflito.
“Temos que chegar junto para sermos capazes de alcançar a paz que todos queremos”, afirmou Michal Froman, que foi esfaqueada por um palestino em janeiro de 2016 quando grávida de sua quinta criança. “Eu quero acreditar na paz”, afirmou a israelense.
“Como uma mulher religiosa, digo que não acreditar na paz é não acreditar em Deus”, afirmou Huda Abuarquob, um das palestinas da cidade de Hebron que participou da organização da marcha. “Esta marcha”, acrescentou Huda, “não é mais um protesto, mas uma forma de dizer que queremos a paz e que juntas podemos obtê-la”.
O artista plástico Adi Yekutieli fez erguer um vestido de 22 metros de altura e 60 metros de circunferência quando a marcha passou pelo Mar Morto, em homenagem às participantes do evento.
“Somos mulheres de vários credos e correntes políticas, judias e árabes, das cidades e das periferias e estamos decididas que vamos parar a próxima guerra”, declarou uma das fundadoras do movimento, Marilyn Samadja.
A coluna encheu as ruas de Jerusalém, no domingo, com o branco de suas roupas e com muitos cartazes pedindo a Paz. “As mulheres israelenses e palestinas querem impedir a próxima guerra e buscam que um acordo entre israelenses e palestinos aconteça o mais breve possível”, declarou Smadja.
O movimento teve início em 2014, durante a mais grave agressão israelense a Gaza, na qual morreram mais de 2 mil palestinos e 67 israelenses. Em 2015, um grupo menor de mulheres, incentivado pelo movimento Mulheres lançam a Paz fez um jejum de 50 dias (o tempo em que durou a agressão a Gaza) e ficou alojado em tendas.
A cncentração em Jerusalém se deu diante da residência do primeiro-ministro israelense, Bibi Netanyahu.