O Itaú Unibanco divulgou na quinta-feira (2) um lucro líquido de R$ 6,877 bilhões no primeiro trimestre deste ano, um crescimento de 7,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
Somado ao lucro obtido pelo Bradesco (R$ 6,238 bilhões) e pelo espanhol Santander (R$ 3,415 bilhões), que cresceram 22,3% e 21,1%, respectivamente, os três maiores bancos privados no Brasil totalizaram um lucro líquido de 16,530 bilhões no primeiro trimestre, um aumento de 15,43% em relação ao primeiro trimestre de 2018.
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O retorno sobre o patrimônio líquido do Itaú foi de 23,6%. No mesmo patamar, a rentabilidade do Santander foi de 21% e a do Bradesco 20,5%.
De olho nos recursos da Previdência, o presidente do Itaú, Candido Bracher, reclamou que o lucro do banco foi menor do que esperava: “A economia teve um início de ano com desempenho mais modesto do que as expectativas apontavam, refletindo, em parte, a incerteza sobre a trajetória fiscal do País. Seguimos confiantes na retomada do crescimento sustentável, para a qual é imprescindível a reforma da Previdência”.
Ao contrário do “modesto” crescimento no lucro dos bancos, a produção industrial caiu 6,1% em março, na comparação com março do ano passado, e acumula queda de 2,2% no mesmo período em que os três bancos lucraram mais 15,43%. O desemprego explodiu de janeiro a março deste ano, totalizando 13,4 milhões de trabalhadores em março, e a inadimplência cresceu em março: 63 milhões de brasileiros não conseguem pagar suas contas.
Diante dessa tragédia, os juros cobrados pelos bancos do cheque especial e do cartão de crédito não pararam de subir, atingindo 300% em março. Sem falar do crédito à pessoa física e das abusivas tarifas bancárias.