Jair erra nome e cargo do seu colega de facção e o chama de ‘Salvati’

Bolsonaro e Mateo Salvini na Itália. Foto: AFP

Jair Bolsonaro errou o nome e o cargo do fascista italiano Matteo Salvini, seu amigo, que o acompanhou em visita a um monumento em homenagem aos combatentes antifascistas brasileiros.

“Também teve lá o Salvati, acho que foi primeiro-ministro da Itália e é senador agora, tava lá”, disse Bolsonaro.

Matteo Salvini é, hoje, senador, mas nunca foi primeiro-ministro da Itália. Na verdade, ele foi vice-premiê e ministro do Interior, entre 2018 e 2019.

Nesse período, ficou conhecido por suas posições abertamente racistas e contra a recepção de imigrantes na Itália.

Na terça-feira (2), Salvini se encontrou com Jair Bolsonaro na cidade de Pistoia para visitarem, juntos, o Monumento Votivo Brasileiro, erguido no ano de 1966 em homenagem aos combatentes brasileiros que foram à Itália, durante a Segunda Guerra Mundial, para derrotar o fascismo.

Bolsonaro e Salvini foram recebidos na cidade com manifestações repudiando a política fascista que praticam. Cerca de 300 pessoas carregavam faixas que diziam “fora Bolsonaro”.

O guardião do monumento, Mario Pereira, criticou a visita de Bolsonaro e Salvini, “visto o perfil ideológico dos dois”, “uma ideologia muito parecida com o nazifascismo”.

“Infelizmente, temos a ideologia contrária vindo homenagear quem combateu e derrotou o nazifascismo”, disse.

Mario Pereira é filho do único combatente antifascista brasileiro que ficou na Itália depois do fim da guerra, Miguel Pereira. Em 2003, com a morte de seu pai, Mario se tornou o guardião do monumento.

Em julho, Jair Bolsonaro se reuniu, no Brasil, com a deputada de extrema direita Beatrix von Storch. Beatrix é neta do ministro das Finanças do regime de Adolf Hitler, Lutz Graf Schwerin von Krosigk.

A deputada, que tem posições , fez uma publicação nas redes sociais exaltando a compreensão de Jair Bolsonaro “dos problemas da Europa e dos desafios políticos de nosso tempo” e disse que “nós, conservadores, devemos nos unir mais e defender nossos valores conservadores em nível internacional” contra a esquerda.

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