Jair insulta Marina por apoiar Lula e diz que prefere seu ex-ministro criminoso

A ex-ministra Marina Silva (Rede) e Bolsonaro com Ricardo Salles. Fotos: Evaristo Sá/Mauro Pimentel - AFP

Jair Bolsonaro atacou a ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, chamando-a de “senhora das selvas”, por ter declarado apoio a Lula e fazer propostas para preservação ambiental.

Em Fortaleza (CE), ele elogiou e disse preferir seu ex-ministro, Ricardo Salles, que tem envolvimento com madeireiros ilegais e defendeu “passar a boiada” na legislação ambiental.

“Imagine a volta de alguns como, por exemplo, aquela senhora das selvas, lá do Acre, a Marina Silva, voltando para o Meio Ambiente?”, disse Bolsonaro.

“Leram a carta que ela fez para o Lula para poder apoiá-lo e ele concordou? Simplesmente, não vai mais existir agricultura no Brasil. Tudo é criação de conselhos, regulamentações”, continuou.

De maneira mentirosa, Jair Bolsonaro disse que a proteção ambiental é antagônica ao agronegócio e que a proposta de Lula e Marina é taxar os produtores rurais.

Marina Silva, que foi ministra do Meio Ambiente e candidata a presidente, elegeu-se deputada federal com 237 mil votos. Ela anunciou apoio a Lula e Alckmin.

Pelas redes sociais, ela comentou o episódio em que Bolsonaro disse que “pintou um clima” entre ele e uma imigrante venezuelana de 14 anos.

“Na madrugada, Bolsonaro tentou justificar o injustificável com nova conduta indigna do cargo. O macho-garanhão do “pintou um clima”, em live, se fez de vítima em vez de assumir que diante de meninas vulneráveis abandonou-as ao esquema criminoso que disse presenciar”, postou a ex-ministra.

“Bolsonaro se lembrou delas para usar a situação de vulnerabilidade em que se encontravam para instrumentalizá-las em benefício de sua campanha. Bolsonaro não consegue deixar de ser Bolsonaro. Vil e incapaz de exercer empatia”, continuou.

Ricardo Salles, que Jair Bolsonaro afirma que foi um melhor ministro do que Marina, falou que o governo deveria aproveitar a pandemia de Covid-19 para “passar a boiada” e transgredir a legislação ambiental.

Salles tem envolvimento com madeireiros ilegais, tendo ajudado os criminosos a fugirem de investigações sobre cargas de desmatamento ilegal.

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