Parlamentar denunciou o deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) e disse que “quando o desespero bate e não possuem argumentos, eles se fazem de vítimas e enfermos”
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) denunciou que está recebendo ameaças através das redes sociais por sua atuação na CPMI do Golpe, que investiga o atentado do dia 8 de janeiro, e por se impor contra os bolsonaristas na Comissão.
“Medidas já estão sendo tomadas junto ao Supremo Tribunal Federal e Polícia Federal para devida investigação contra Nikolas Ferreira por incitação à violência e contra os autores de cada comentário feito nas redes que atenta contra a vida e a integridade física da parlamentar [Jandira]”, denunciou em nota.
As ameaças, contou a parlamentar, começaram na quinta-feira (21), depois de discussões que ocorreram na CPMI.
Jandira debateu com o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), após o deputado bolsonaristas mostrar vídeos e prints provocativos e citando a parlamentar. Jandira respondeu falando que Nikolas é “moleque”.
Logo em seguida, as ameaças contra ela começaram.
“É o modus operandi do gabinete do ódio atuando para tentar intimidar” a deputada e a CPMI. “Por meio de postagens tendenciosas, tentam induzir o público e estimular a onda de ódio e violência tão comum na rede bolsonarista”, explicou Jandira em uma publicação feita nas redes sociais.
Jandira declarou que “quando o desespero bate e não possuem argumentos, eles se fazem de vítimas e enfermos”.
A estrutura criada no antigo governo para difamar e atacar opositores ficou conhecida como “gabinete do ódio”. Ao longo dos quatro últimos anos, os alvos mudaram diversas vezes, mas a prática de difamação e ameaças se manteve.
Nikolas Ferreira e outros bolsonaristas estão tentando atrapalhar as investigações da CPMI do Golpe com provocações e acusando o próprio governo Lula de ser culpado pela tentativa de golpe que sofreu.