A deputada federal Jandira Feghali (RJ), líder do PCdoB na Câmara, foi indicada pela Federação Brasil da Esperança para compor a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai investigar os ataques golpistas do dia 8 de janeiro.
O requerimento de abertura da Comissão já foi lido pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Segundo Jandira Feghali, “o que aconteceu naquele dia foi o mais grave ataque às instituições brasileiras”.
“A tentativa de golpe falhou, e agora vamos fazer valer a Constituição Brasileira, apurar os que planejaram, financiaram e executaram este atentado criminoso e conduzir para as providências devidas da Justiça e demais órgãos para a responsabilização devida, em defesa da Democracia”, publicou em suas redes sociais.
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que a CPMI deve ser instalada no dia 17 de maio. “Feitas as indicações, a CPMI já estará apta a ser instalada”, falou.
A Federação Brasil da Esperança (PCdoB, PT e PV) também indicou os deputados Rubens Pereira Jr (PT-MA) e Rogério Correia (PT-MG).
Rubens Pereira Jr. defendeu “investigações amplas para apurar a responsabilidade de quem participou, promoveu e idealizou a tentativa de golpe contra o Estado Democrático de Direito”.
O deputado Rogério Correia disse que a Comissão vai “demonstrar que foi um processo de golpe e que o principal mandante foi Bolsonaro”.
A CPMI era, inicialmente, uma proposta da oposição ligada a Jair Bolsonaro para fazer marolinha contra o governo. Eles diziam, sem apresentar nenhum indício que não fosse fake news, que o governo Lula deixou os invasores chegarem até a Praça dos Três Poderes para criar uma narrativa.
Depois da demissão do chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, a base governista passou a defender a criação da CPMI para se contrapor às mentiras dos bolsonaristas.
Ao perceber que vão perder o controle da CPMI, os bolsonaristas desistiram da ideia.
O senador Marcos do Val (Pode-ES), um dos maiores entusiastas da teoria da conspiração de que o governo Lula sabia previamente da tentativa de golpe, foi rebatido pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, em uma sessão no Senado.
Marcos do Val apresentou vídeos desconexos e pediu a prisão de Dino.
Em resposta, Dino falou que “essas construções mentais muito singulares que o senhor faz realmente não têm suporte nos fatos. O senhor tem se dedicado nas suas redes sociais a vídeos difamatórios e obsessivos contra mim”.
“Não precisa o senhor ir para porta do Ministério da Justiça fazer vídeo de internet porque se o senhor é da Swat, eu sou dos Vingadores. O senhor conhece o Capitão América? O Homem-Aranha?”, ironizou Dino.