Jandira Feghali diz que fim do Ministério do Trabalho “é grave e precisa de reação imediata”

A deputada federal Jandira Feghali em pronunciamento na Câmara na terça-feira

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) rechaçou as declarações de Onyx Lorenzoni sobre o fim do Ministério do Trabalho. Em sessão plenária na Câmara dos Deputados, na terça-feira (4), a parlamentar disse que “isso remonta à ditadura. […] Isso é muito grave.”.

“É muito grave que se dê ao Ministério da Segurança Pública a análise da existência ou não da representação sindical, sob o argumento de que ‘há denúncias de corrupção’. Isso remonta à ditadura, quando o Estado estabelecia a verdadeira intervenção nos sindicatos”, disse a parlamentar.

Onyx Lorenzoni (DEM-RS), coordenador da transição do governo eleito e futuro chefe da Casa Civil, confirmou na segunda-feira (3) que o Ministério do Trabalho deixará de existir no governo de Jair Bolsonaro.

Jandira ressaltou a importância do Ministério do Trabalho e dos sindicatos num momento como esse, onde os trabalhadores enfrentam uma agenda marcada pelo retrocesso. “Precisamos garantir que os sindicatos tenham autonomia e liberdade para combater uma pauta que virá de profunda retirada de diretos do povo brasileiro, conquistados com muita luta dos trabalhadores organizados”.

“Essa liberdade é necessária e constitucional”, afirmou. A deputada apontou para a gravidade da questão e disse ainda que, “precisa de reação imediata para garantir a liberdade de manifestação e organização, para lutar por direitos e impedir retrocessos”.

Em seu Twitter, Jandira apontou ainda o descaso do governo eleito com os mais pobres, cujo compromisso é “moer os direitos trabalhistas e acabar com a Justiça do Trabalho.”. “Bolsonaro e Paulo Guedes não estão nem aí para o desemprego”, completou.

Criado logo após a Revolução de 30, pelo presidente Getúlio Vargas, o Ministério do Trabalho celebrou 88 anos de existência no dia 26 de novembro.

RODRIGO LUCAS

 

 

 

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