Japoneses pedem a renúncia do premiê Abe, implicado em escândalo de corrupção

“Ocultação e falsificação de documentos públicos destroem a nação e a democracia”, afirma o economista que discursou durante o ato

Dezenas de milhares de pessoas marcharam pelo centro de Tóquio, no domingo, 15, para protestar contra os crescentes escândalos que envolvem o governo do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.

Os manifestantes denunciam a participação de Abe em um esquema de venda de terrenos estatais para a rede de escolas Moritomo Gakuen, em Osaka. A primeira-dama Akie Abe teria intermediado o negócio, fechado por um sétimo do valor estimado, justificando que apoia a “filosofia ultranacionacionalista” ensinada por esse grupo de educação.

O caso voltou à tona depois do Ministério das Finanças japonês ter reconhecido que referências a Akie Abe foram apagadas dos documentos constantes no acordo de venda.

“Temos uma sensação de que a falsificação e a ocultação de documentos públicos significam nada menos que a destruição de nossa nação e democracia”, disse o economista Masaru Kaneko a uma multidão de cerca de 30 mil pessoas.
“Se esses desdobramentos forem permitidos, qualquer forma de corrupção pode ser legitimada”, afirmou Kaneko.

“O grande número de pessoas reunidas deve-se à crescente indignação com essa situação”, observou o manifestante Takeshi Suwahara, de acordo com o Japan Times. “Um forte sentimento de crise está se espalhando — as pessoas agora sentem sinceramente que precisam se manifestar pelo que é certo”.

Os escândalos elevaram o muito o índice de desaprovação de Abe que, apesar dos protestos dos moradores de cidades onde há norte-americanas como a de Okinawa, segue o mesmo sistema de governantes japoneses anteriores e mantém a submissão do Japão à ocupação e política intervencionista norte-americana na região.

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