Roberto Jefferson se entregou à polícia na noite deste domingo após resistir à prisão e atirar contra agentes da Polícia Federal, ferindo dois policiais, entre eles uma mulher.
“A prisão foi cumprida após intensa negociação entre a Polícia Federal e o investigado, que ofereceu resistência inicial ao cumprimento da decisão judicial com o uso de arma de fogo e explosivos”, informou a prisão a Polícia Federal, em nota.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), elogiou o trabalho da Polícia Federal e se solidarizou com os policiais feridos. “Me solidarizo com a agente Karina Oliveira e com o delegado Marcelo Vilella que foram, covardemente, feridos”.
Bob Jeff, como ele se designa nas redes sociais, disparou mais de 20 tiros e duas granadas contra a Polícia Federal que foi cumprir um mandado judicial de prisão.
Além de atacar os policiais que exerciam o seu dever e ferir dois agentes, Roberto Jefferson se recusou a se entregar e, acintosamente, disse que só o faria para o ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres. Ele não tem foro privilegiado.
Em atendimento ao aliado, Bolsonaro despachou sem demora o ministro da Justiça para o local onde Jefferson se entocava, o que é ilegal, segundo especialistas, pois Jeferson não tem foro privilegiado, é um bandido comum.
Em nota, Bolsonaro informou que determinou a ida do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, ao Rio de Janeiro para acompanhar o “andamento deste lamentável episódio”.
O presidiário estava em prisão domiciliar em uso de tornozeleira eletrônica até divulgar um vídeo na sexta-feira (21) agredindo ministros do Supremo e chamando a ministra Cármen Lúcia, do STF, de “prostituta arrombada”. No vídeo, Jefferson diz que Cármen Lúcia parece “aquelas prostitutas, aquelas vagabundas arrombadas”.
Além dos ataques covardes contra a ministra, ele descumpriu a proibição de frequentar qualquer rede social. Diante da gravidade dos ataques, foi pedida a revogação de sua prisão domiciliar.
Jéfferson já tinha sido preso por corrupção, atualmente estava em prisão domiciliar por atentar contra a democracia e tramar por um golpe de Estado no país.
O ministro Alexandre de Moraes revogou a prisão domiciliar diante das novas agressões e ataques à ministra Cármen Lúcia. Ao cumprir a determinação, os policiais federais fora recebidos a bala.
Jéferson se tornou um dos aliados mais ferrenhos bolsonaristas, defendendo tudo o que Bolsonaro prega: armamentos, golpe, ataques às instituições, particularmente contra o STF.
Quando a coisa ficou feia neste domingo, Bolsonaro correu para tentar se desvincular de Bob Jeff. Mas a sua nota divulgada logo cedo ele avalizou o que Jefferson estava fazendo. Bolsonaro se pronunciou sobre o fato dizendo que repudia a “existência de inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a atuação do MP”.
Mais: Bolsonaro tentou esconder sua proximidade com o corrupto e miliciano. Disse que “não tem uma foto dele comigo”.
Além do mais, Bolsonaro divulgou um vídeo falando da prisão do seu aliado, chamando-o de “bandido” e “criminoso”, como se não tivesse nada a ver com ele.
Mas basta uma consultada no Google e lá estarão várias fotos dele no Palácio do Planalto ao lado de Jair. Uma enxurrada de fotos de Jefferson ao lado de Bolsonaro estão sendo publicados nas redes sociais. Pelo menos três fotos de diferentes visitas do deputado ao Palácio do Planalto foram compartilhadas.
Jefferson posou ao lado de Bolsonaro em um registro publicado na página oficial do PTB.
A afirmação de Bolsonaro feita em transmissão ao vivo ao lado de Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato ao governo de São Paulo.
Também na transmissão, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou que Jefferson nunca foi coordenador da campanha de reeleição de Bolsonaro. Faria fez o comentário em resposta ao deputado federal André Janones (Avante-MG), que declarou nas redes sociais que Jefferson é “um dos coordenadores informais da campanha”.
Leia trechos da nota em que a PF informa a prisão de Jefferson:
“A prisão foi cumprida após intensa negociação entre a Polícia Federal e o investigado, que ofereceu resistência inicial ao cumprimento da decisão judicial com o uso de arma de fogo e explosivos. Durante a diligência, dois policiais federais ficaram feridos por estilhaços de granada lançada pelo alvo. Eles foram prontamente atendidos, tiveram ferimentos leves e seguem sendo acompanhados pela PF”.
“Além da prisão judicial, o investigado também foi preso em flagrante sob a acusação, inicial, de tentativa de homicídio, sem prejuízo de eventuais outros crimes cometidos durante a ação”.
“A perícia técnica criminal foi acionada e o local de crime já está sendo periciado, inclusive a residência do alvo. O preso foi conduzido à Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro para lavratura do auto de prisão em flagrante e demais formalidades decorrentes do cumprimento da ordem judicial. A Polícia Federal reafirma que agiu com toda a técnica e protocolos exigidos para a resolução de crises, culminando com a rendição do preso”.
se o stf, tse e outras instituições sérias e Democráticas não tomarem medidas drásticas contra o bandido roberto jefferson, podemos esperar atos mais sórdidos e violentos após a derrota de bolsonaro e sua corja.
São uns covardes, mau caráter, criminosos, despudorado, burros, safados, nojentos.