
Quando Jô Soares deu entrada no hospital Sírio Libanês, “um médico perguntou a ele se havia alguma visita que não queria receber. A resposta veio imediata, acompanhada de um sorriso: ‘Só o Bolsonaro’”.
O caso foi contado pela ex-esposa de Jô, Flávia Pedras Soares, durante o velório do comediante e revelado pelo jornalista Juca Kfouri em seu blog.
Juca comentou que “ele [Jô Soares] morava numa esquina e eu morava na outra. Jô é o Brasil que vale a pena”.
“Esse é o Jô. Morreu fazendo piada, fazendo graça. Jô não morre, na verdade. É o tipo imortal… tem uma abertura de programa em que ele declama um famoso poema ‘Não chorem à beira do meu túmulo porque eu não morri, não estou aí’. E é isso mesmo. O clima do velório é nesse sentido”.
Jô faleceu na sexta-feira (5), depois de ter dado entrada, no dia 28 de julho, no Hospital Sírio-Libanês, na região central de São Paulo, onde foi tratar de uma pneumonia.
“Quando vi a notícia da morte dele, a primeira coisa que me ocorreu foi que nas próximas madrugadas meu telefone não vai tocar mais. Principalmente em noites pós-futebol, ele ligava de madrugada para comentar o jogo e dormia às 6h da manhã do outro dia. Entre 1h30 e 2h, muito frequentemente ele telefonava”, relatou Juca Kfouri.