O ex-deputado João Goulart Filho, pré-candidato a presidente pelo Partido Pátria Livre (PPL), afirmou, em entrevista ao HP, nesta segunda-feira, que as riquezas minerais brasileiras não podem continuar sendo exploradas de forma predatória como vem ocorrendo atualmente. “Nossos minérios estão sendo mandados para o exterior sem qualquer controle, com as empresas exploradoras provocando desastres ambientais gigantescos e sem que o país e a população se beneficiem dessas riquezas que pertencem à toda a nação”, advertiu.
“Minérios estratégicos como o nióbio, o alumínio, o ferro, e bens como o nosso petróleo, não podem ser explorados quase exclusivamente por grupos privados estrangeiros, que fazem a extração e levam os minérios pagando royalties minúsculos e praticamente sem pagar impostos”, observou o pré-candidato do PPL.
“Agora mesmo este governo acaba de assinar o Decreto 9.406/2018 para, segundo o Planalto, ‘atualizar’ o Código de Mineração, de 1967. Mas, na verdade o que Michel Temer está fazendo com esta decisão é entregar a grupos estrangeiros diversas reservas minerais, entre elas a RENCA (Reserva Nacional de Cobre e Associados), reduzir multas e promover a quebra do monopólio da exploração do urânio no país”, denunciou o presidenciável. Para o filho de Jango, “o Brasil deveria proteger seus minérios estratégicos e utilizar a renda obtida com eles em favor de toda a população”.
João Goulart Filho estará na quarta e quinta-feira, 20 e 21 de junho, em Belém do Pará para cumprir agenda política no estado. Ele visita também a cidade de Santarém, onde se reúne com pré-candidatos ao governo do estado, à Câmara Federal, ao Senado e à Assembléia Legislativa do Pará. Na opinião de João Goulart, “desastres como o de Mariana, interior de Minas Gerais, provocado pela Samarco, e o transbordamento de lixo tóxico, da multinacional Hydro, no Pará, têm que sofrer punições rigorosas”.