Em visita à Argentina, o pré-candidato a presidente pelo Partido Pátria Livre, João Goulart Filho, reuniu-se com representantes de trabalhadores do país Sul Americano para discutir a grave crise que afeta os dois países. A insistência dos governos, tanto do Brasil quanto da Argentina, de manter políticas neoliberais que estrangulam a produção interna, subsidiam as importações e retraem o mercado interno, está agravando a situação econômica e prejudicando os trabalhadores.
O Brasil já vem em recessão desde o segundo semestre de 2014, com um processo gravíssimo de desindustrialização, de privilégios ao sistema financeiro e agravamento do desemprego. “Entre desempregados e subempregados, já são 26 milhões de pessoas, segundo dados do IBGE”, denuncia João Goulart.
Na Argentina a fuga de dólares revela a fragilidade da política econômica do governo Macri, que, para piorar a crise, jogou nas alturas as taxas de juros. A recessão, segundo os sindicalistas argentinos, vai se aprofundar. “O problema que preocupa a CGT argentina é o enfraquecimento do Mercosul”, disse João Goulart, após a reunião com sindicalistas do país irmão. “Isso vai agravar o desemprego nos dois países”, disse ele.
O pré-candidato do PPL lembrou que “desde o governo Getúlio, e também no governo de seu pai, o ex-presidente Jango, destituído pelo golpe pró-imperialista de 1964, a integração econômica sul americana é sentida como necessária e fundamental para o desenvolvimento da região”. “O aumento das trocas comerciais entre os países da região é chave para o desenvolvimento de todos. Não podemos permitir que interesses de fora do Mercosul e que querem submeter os nossos países atrapalhem a integração regional e acabe trazendo sérias consequências econômicas entre elas o aumento do desemprego”, alertou João Goulart Filho.