O jornalista Luan Araújo, que foi perseguido nas ruas de São Paulo pela deputada Carla Zambelli (PL-SP), que empunhava um revólver, decidiu que vai processá-la por ameaça, racismo e outros crimes.
Luan enviou uma petição para o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), informando sobre sua intenção de processar a deputada pelos crimes de ameaça, racismo, perigo para a vida ou saúde e constrangimento ilegal, majorado pelo emprego de arma de fogo.
O caso aconteceu no dia 29 de outubro, um dia antes da realização do segundo turno das eleições presidenciais.
Após uma discussão sobre o pleito, Carla Zambelli e seus seguranças perseguiram, com armas na mão, Luan Araújo pelas ruas de São Paulo. Pelo menos um tiro foi disparado por um dos seguranças.
Os vídeos do caso viralizaram rapidamente nas redes sociais.
Luan Araújo destacou que “as condutas da deputada federal Carla Zambelli foram praticadas em espaço público, em meio a diversas pessoas, inúmeras gravações realizadas por aparelhos de celulares de terceiros, que estavam próximos ao local dos fatos, foram publicadas em redes sociais e periódicos digitais”.
A defesa do jornalista quer acesso às imagens dos prédios que ficam no local onde aconteceu a perseguição para que seja esclarecido quem fez um disparo, que pode ser ouvido em várias filmagens.
“As imagens vão nortear nossa ação. Queremos saber de onde partiu o tiro. O Luan não sabe de onde partiu o tiro, ele estava de costas no momento”, disse Renan Bohus, advogado da vítima.
Diante desse caso, o STF tirou o porte de armas da deputada Carla Zambelli, além de ter dado 48h para que ela entregasse sua pistola à Polícia Federal. As medidas foram solicitadas pela Procuradoria-Geral da República. Carla Zambelli e Jair Bolsonaro discutiram em um jantar do PL por conta da repercussão que teve a perseguição. Bolsonaro, que foi derrotado nas eleições presidenciais, diz que Zambelli atrapalhou na campanha.