O juiz federal João Batista Gonçalves, da 6ª Vara Criminal de São Paulo, determinou o bloqueio de R$ 128 milhões do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) por ter pedido e recebido propinas da JBS a partir da campanha eleitoral de 2014, na qual disputou a Presidência da República.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o ex-senador Aécio Neves recebeu, entre 2014 e 2017, R$ 128 milhões de propina. O esquema começou nas eleições de 2014, quando pediu pelo menos R$ 18 milhões para Joesley Batista, do Grupo J&F, para custear sua campanha presidencial.
Com os recursos de campanha, Aécio ainda comprou o apoio de outros partidos, como o PTB, na época presidido pela ex-deputada federal Cristiane Brasil.
Depois da campanha, Aécio ainda pediu a Joesley uma mesada para custear suas despesas pessoais. De acordo com as investigações, Aécio chegou a receber dezessete pagamentos de R$ 54 mil, totalizando R$ 918 mil, entre julho de 2015 e junho de 2017.
O juiz, atendendo ao pedido do Ministério Público Federal (MPF), bloqueou valores de outros quinze investigados, como a própria Cristiane Brasil, e cinco empresas.
Em março, o Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), determinou o bloqueio de R$ 1,7 milhão das contas de Aécio e sua irmã, Andréa Neves.
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