
O juiz Renato Borelli, da 15ª Vara da Justiça Federal em Brasília, que determinou a prisão do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, foi alvo nesta quinta-feira (7) de um ataque enquanto dirigia.
O ataque aconteceu logo após deixar sua residência na capital federal. O seu carro foi atingido por fezes de animais, ovos e terra.
O juiz não se feriu, mas ficou com a visão prejudicada no momento do ataque porque parte do vidro dianteiro ficou todo sujo e manchado. Contudo, ele conseguiu controlar o carro.
Borelli comunicou o caso ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que vai tomar providências para apurar os fatos.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi acionado para apurar as ameaças e recomendou providências para proteção do juiz.
“O Comitê Gestor do Sistema Nacional de Segurança do Poder Judiciário aprovou parecer do Departamento de Segurança Institucional, vinculado ao Conselho Nacional de Justiça, recomendando medidas de segurança que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região pode tomar em favor do juiz. O ofício do Comitê foi enviado ao TRF1 nesta quinta (7/7). Não é possível detalhar, neste momento, as ações de segurança a serem adotadas para preservar a segurança do magistrado”, informou em nota o CNJ.
O juiz autorizou no dia 22 de junho a operação da Polícia Federal que prendeu o ex-ministro da Educação e os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, que cobravam propina para liberar verbas públicas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação para as prefeituras, mesmo sem cargos no ministério.
Segundo disse Milton Ribeiro, numa gravação vazada, durante uma reunião com prefeitos no Ministério da Educação (MEC), o atendimento prioritário na liberação de verbas intermediadas pelo pastor Gilmar Santos era devido a um “pedido especial” de Bolsonaro.
Logo após determinar a prisão de Milton Ribeiro e dois pastores, Borelli recebeu dezenas de ameaças, a maioria pela internet.
Relacionadas: