O fundador do WikilLeaks, Julian Assange, acusou a ex-candidata do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, de ser uma pessoa “muito tenebrosa, horripilante, que mente constantemente”. A declaração do jornalista foi em resposta a uma acusação de Hillary ao canal australiano ABC TV de que o WikiLeaks era “uma mera subsidiária dos serviços de Inteligência da Rússia”.
Na avaliação de Assange, “há algo que não está bem com Hillary Clinton”. “Nâo são somente suas constantes mentiras, nem olhares ameaçadores”, frisou, nem o fato de que a ex-candidata “ferva” por suas ambições “frustradas” de poder. “Observem com cuidado”, alertou, porque sua personalidade tem um aspecto “horripilante raramente visto”.
Tentando justificar a derrota, Hillary alegou que a responsabilidade era de Assange por ter “confabulado” com o governo russo no intuito de “prejudicá-la” e “favorecer a Trump”. E acrescentou que acreditava que o jornalista guardasse um “ressentimento” pessoal consigo após o atrito que tiveram em torno ao vazamento dos documentos “sensíveis” dos departamentos de Estado e de Defesa, publicados pelo WikiLeaks enquanto ela ocupava a Secretaria de Estado dos EUA.
Se Assange é “um mártir da liberdade de expressão”, questionou Hillary, “então por que o WikiLeaks jamais publica uma informação daninha e negativa sobre o Kremlin?”.
Destacando que, muito diferente da ex-candidata, o WikiLeaks tem um histórico de veracidade “irrepreensível”, Assange reiterou que Hillary “não é uma pessoa confiável”.