Após passar mais de cinco anos refugiado dentro da embaixada do Equador em Londres, onde permanece enclausurado, o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, recebeu sua cidadania equatoriana, informou a imprensa do país sul-americano.
Conforme o jornal El Universo, o registro civil do australiano aparece com o número 1729926483 no site do Serviço de Rendas Internas e a entrega do documento pelo governo de Lenin Moreno consta da página 327 do tomo 46 da embaixada.
Mesmo sem se pronunciar oficialmente, Assange publicou uma foto no twitter vestindo a camiseta da seleção de futebol. A compreensão é que a entrega da cidadania dará melhores condições ao governo equatoriano para mediar uma negociação internacional que permita sua efetiva libertação.
O asilo diplomático entregue ao australiano em 2012 tinha por objetivo evitar que fosse extraditado por pretensos delitos sexuais, acusações que posteriormente caíram no ridículo e acabaram sendo retiradas pelas supostas “vítimas”. O fato por detrás da armação é que uma vez sentenciado, Assange seria enviado aos EUA, onde o governo estava empenhado na sua condenação à pena capital por ter publicado documentos militares e diplomáticos secretos sobre crimes cometidos nas guerras do Iraque e do Afeganistão.
Destacando que a situação de Assange “não é sustentável” do ponto de vista humano, a chancelaria equatoriana reiterou que “continuará buscando soluções, em estrito apego às normas e procedimentos do direito internacional, em coordenação com o Reino Unido, país com quem se mantém as melhores relações de amizade e cooperação”.