Júlio Delgado: capitalização fracassou na maioria dos países onde foi adotada

Júlio Delgado diz que governo quer desconstitucionalizar direitos mas mantém restrições na lei maior (foto: reprodução Câmara Federal)

O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) contestou as alegações do ministro Paulo Guedes a favor de seu projeto de desmonte da Previdência Social pública. O parlamentar afirmou, diante de Paulo Guedes, nesta quarta-feira (03), que, “dos 30 países que adotaram o regime de capitalização, desde 1981 até 2014, 18 já refizeram a sua reforma da Previdência, voltando atrás”. Ou seja, para o parlamentar, o sistema defendido por Guedes e Bolsonaro é um desastre.

Delgado destacou também que o ministro argumenta pela desconstitucionalização das normas previdenciárias, mas o faz apenas em relação aos direitos, mantendo as restrições de direitos na Constituição. “O que o governo quer é a desconstitucionalização de direitos e a constitucionalização de restrições. A começar pela questão do abono e, depois, pelo fim do FGTS e da indenização dos aposentados que voltam a trabalhar”, denunciou.

“O ministro fala que está combatendo privilégios, mas a idade aumenta, o tempo de contribuição aumenta e o benefício diminui, pela falta de correções. Isso é uma armadilha para acabar com a Previdência pública”, acrescentou Júlio Delgado.

Ele lembrou que o governo mandou a proposta de reestruturação da carreira militar para o Congresso como condição imposta pela CCJ para começar a discutir a proposta do governo. “Ela pegou tão mal que ninguém fala mais nisso. Ficou aí no vazio, na nuvem”, afirmou. Delgado reforçou que defende uma posição que é contra a atual política e também contra a política dos governos anteriores. “Uma boa parcela da população não está nem com isso aqui e nem com aquilo que nós vimos antes”, completou o parlamentar mineiro.

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