Logo no primeiro dia de governo, vamos começar a recuperar a indústria de óleo e gás, a indústria naval. Fazer com que o Rio volte a ser um estado gerador de empregos, gerador de cultura”, disse o ex-presidente
Lula esteve no Rio de Janeiro nesta sexta-feira (26), e afirmou que em seu governo haverá uma retomada dos investimentos que fará para o Rio voltar a ser um estado promissor. “Eu quero ajudar o Rio a recuperar a indústria de óleo e gás, a indústria naval. Fazer com que o Rio volte a ser um estado promissor, um estado gerador de empregos, gerador de cultura”, disse Lula.
O ex-presidente ressaltou que é orgulho para um chefe de família ter um emprego que permita cuidar da própria casa. “O emprego é o que mais dá dignidade ao ser humano, seja homem ou mulher. Quando você trabalha, você é remunerado corretamente por aquilo que você faz, e você volta para a sua casa com o pão de cada dia, ganho pelo seu suor”, pontuou. O vice da chapa Geraldo Alckmin acompanhou Lula na visita ao Rio.
Lula denunciou também o arrocho sobre a população e chamou a atenção para o fato de que a mulher brasileira hoje está “endividada para comprar comida para os filhos”. Em sua entrevista ao JN, Lula garantiu que vai propiciar uma negociação da dívida de 70 milhões de brasileiros e brasileiras que não conseguem mais alimentar suas famílias e pagas as despesas obrigatórias.
Marcelo Freixo destacou que o estado do Rio vive uma crise social importante, com a taxa de desemprego de 14%, superior à média nacional. Nos últimos quatro anos, disse ele, o Rio perdeu 700 mil empregos. Sobre a exploração do gás, Freixo destacou a retomada como “motor de desenvolvimento e de impulsionamento da economia muito forte e que precisa de investimento do governo federal.”
“Nós só vamos superar essa crise com credibilidade, transparência e capacidade de diálogo permanente com o governo federal, para trazer investimentos para o nosso estado. Precisamos muito do governo federal e o Lula sempre teve um olhar especial para nosso estado”, disse o candidato a governador.
O ex-presidente falou também que quer conversar com os evangélicos porque estão falando muitas mentiras para eles. “Eu não sou daqueles que misturam política com religião. Acho que política é uma coisa e religião é outra, mas precisamos esclarecer a população sobre algumas coisas. As pessoas não sabem que quem criou a lei de liberdade religiosa foi o meu governo. É preciso que a gente diga o que alguns pastores não querem dizer”, destacou.
Lula afirmou que “é preciso que a gente desmistifique essa crítica que determinadas pessoas de má-fé, mentirosas, tentando transformar religião em partido político, estão falando pelo Rio de Janeiro”. O ex-presidente lembrou que, além das ações pelos evangélicos realizadas em seus governos, foi na gestão da presidenta Dilma Rousseff que foi criado o Dia Nacional da Proclamação do Evangelho.
“Eu tenho todo interesse de vir para fazer um grande debate com evangélicos, mas não para discutir religião e sim discutir o Brasil, discutir política, discutir emprego, discutir salário, discutir a fome, discutir a cultura, discutir a situação da mulher brasileira que ganha menos que o homem, e que agora está endividada”, disse Lula, ao lado de Marcelo Freixo (PSB).