O Juri Nacional Eleitoral (JNE), que corresponde à Justiça Eleitoral peruana, informou neste sábado (17) que revisou e rejeitou por “falta de sustentação” todas as reclamações apontadas pelos advogados da candidata derrotada nas eleições presidenciais, Keiko Fujimori.
De acordo com as leis constitucionais do Peru, o candidato presidencial vitorioso no pleito recente, o professor e sindicalista rural Pedro Castillo, deve aguardar três dias após a declaração do JNE – prazo concedido para apelações – e ser proclamado no dia 20, oito dias antes da data prevista para a posse.
Assim, Castillo, que é oriundo de uma das regiões andinas mais empobrecidas, tem a posse prevista para o dia 28.
Com o anúncio algumas turbas fujimoristas, que não aceitam o revés, recorreram a atos de vandalismo nas ruas de Lima.
A Promotoria do Peru abriu investigação sobre as falsas declarações de fraude eleitoral devido a indicações de que o fujimorismo apelou para “falsa declaração” e atentado ao “direito ao sufrágio”.
Agora, os fujimoristas dão declarações de que não reconhecem a Castillo como presidente e prometem boicotar o novo governo a que chamam de “comunista” e seus asseclas armados com paus tentaram invadir o Palácio do Governo que segundo eles deram suporte a Castillo. A turba descarregou sua insanidade contra lojas em ruas vizinhas à sede de governo.
Um fotógrafo do jornal La República, foi arremessado ao chão e espancado por delinquentes. Una repórter de televisão e seu cinegrafista foram cercados e ameaçados para que não dessem aos peruanos a informação sobre a decisão do JNE.
Os vândalos também cercaram o carro do ministro da Saúde, Oscar Ugarte, que ia a uma reunião do Conselho de Ministros. Ele foi ameaçado com agressores munidos de paus. O mesmo aconteceu com a ministra da pasta de Moradia, Solange Fernández. A perturbação durou quinze minutos, tempo que levou à polícia para chegar ao local. Assim os ministros puderam se dirigir à sede do governo.