“O juro alto do Banco Central é um grande inimigo do processo de reindustrialização ou neoindustrialização no país e precisa ser combatido”, afirmou Deyvid Bacelar, coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), nesta quarta-feira (6).
Em declaração ao HP, o dirigente dos petroleiros destacou que “o presidente Lula avança na mudança da presidência do BC e de sua diretoria, o que nos faz ter uma crença de que as taxas de juros serão reduzidas ao longo do processo”.
“Acreditamos que o novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, enfrentará esse tema e tenhamos aí um crescimento econômico e da nossa indústria ainda maior nos próximos anos de 2025 e 2026”. De acordo com Bacelar, é preciso também observar a forte “pressão para cortes de gastos do governo. O mercado financeiro, com seu poder de ‘sequestro’ do Estado, vem pressionando para redução dos investimentos e dos gastos do governo”, alerta.
SANGRIA
Para Ubiraci Dantas, vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), “o Brasil tem uma das maiores taxas de juros do mundo. Esse câncer que atinge a economia nacional, o emprego, o salário, a indústria nacional, precisa ser extirpado”.
“Não é possível que o Brasil tenha que viver como colônia dos estrangeiros. Todos os anos o país paga bilhões para os parasitas, agiotas e especuladores. Só nos últimos 12 meses foram destinados R$ 855 bilhões para quem não produz nada, nem um prego. Além dessa discrepância, me vem o ministro da Fazenda, Haddad, e mais alguns desavisados, sugerir cortes no seguro desemprego, no FGTS, no BPC, corte nas aposentadorias, acabar com os pisos constitucionais da saúde e educação”.
“Abraça o pessoal da Faria Lima e joga os pobres aos leões. Não bastasse toda essa desgraça ainda querem aumentar ainda mais as absurdas taxas de juros. Basta. É preciso unir os trabalhadores, os empresários e todos os homens e mulheres de bem para estancar essa sangria”.