Em novembro deste ano, a inadimplência cresceu e atingiu 68,62 milhões de brasileiros, segundo dados do Indicador de Inadimplência, de responsabilidade da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
Na passagem de outubro para novembro, o número de devedores cresceu 0,89%. Na variação anual (novembro de 2024 contra novembro de 2023), o percentual de inadimplentes do Brasil cresceu 1,48%.
Isso significa que quatro em cada dez brasileiros adultos (41,51%) tinham CPFs negativados em novembro de 2024. Cada consumidor com o nome negativado deve, em média, R$ 4.510,82, sendo a maior parte das dívidas concentrada com bancos, 65,26% do total dos endividados.
Desde setembro deste ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vem elevando a taxa de juros da economia (Selic). Somadas as três últimas reuniões do colegiado – que ocorrem a cada 45 dias -, a taxa Selic foi elevada em 1,75 ponto percentual, subindo de 10,50 para 12,25% no final deste ano.
Quando o nível da Selic é elevado também sobem em disparada as demais taxas de juros para empréstimos, cartão de crédito, entre outros serviços de financiamento, já em níveis de agiotagem no Brasil.
Além de impossibilitar a negociação das dívidas a juros mais baratos, o aumento da Selic inibe os investimentos e o consumo de bens e serviços, prejudicando, desta forma, a geração de empregos no país.
Para a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), “o nível de juros mais alto é um fator preocupante que continua levando a um aumento da inadimplência, sendo mais alarmante em um período quando os gastos são quase inevitáveis, como o fim de ano”, declara a entidade, que também vem apontando que a inadimplência e o endividamento dos consumidores voltaram a crescer no país, atingindo principalmente as famílias de menor renda.