O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que “juros altos são incompatíveis com a geração de empregos e investimentos”.
Ele condenou a ação do Banco Central (BC) de manter em patamares elevados a taxa de juros da economia (Selic), hoje em 10,5% ao ano, travando a oferta de créditos e a oportunidade de novos empregos no país.
“O controle da inflação que o Banco Central tem feito é pelo lado errado, pela restrição ao crédito, com aumento de juros. Isso é incompatível com a ideia de gerar empregos e investimentos. É isso que está sangrando” a economia, criticou Marinho, em entrevista ao jornal Correio Braziliense, neste domingo (21).
O ministro ressaltou ainda, que “a principal ferramenta de distribuição de renda passa pela valorização do salário mínimo, porque, infelizmente, não conseguimos ainda colocar 1% dos bilionários no Imposto de Renda de verdade”, criticou.
Entre outras questões que levam para um quadro melhor do emprego, Luiz Marinho disse que “tem as ações feitas, comandadas pelo nosso vice-presidente Geraldo Alckmin sob a liderança do Lula, de rever tarifas de importação de pneu, de carro, tudo isso aqui gera oportunidade. Isso aqui que está movimentando a economia: a política do salário mínimo. O que eu fico abismado é de alguém achar que nós vamos ser irresponsáveis fiscalmente. O compromisso fiscal está colocado. Mas querem desvincular o salário mínimo do não sei o quê. Isso não está colocado. Faz parte do bojo da proteção social para o povo ter renda e poder consumir”, declarou.
Marinho também defendeu a volta da taxação de 35% para veículos elétricos importados. “Estamos fazendo esforço para os nossos carros híbridos”, comentou o ministro.
“Como é que se defende a indústria nacional? Abrindo as porteiras de importação, reduzindo lá em líquido a zero a importação, como foi feito no governo anterior, não é. Temos que ter regras que protejam a nossa indústria”, defendeu.
Na opinião do ministro, a taxação de 35% dos carros importados deveria ser imediata, ao contrário da norma atual, proposta pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin, de progressão dos impostos de forma escalonada até bater o teto de 35% em julho de 2026.