
Dirigentes Lojistas (CNDL) apontam que 69,66 milhões de brasileiros estão com contas atrasadas: Bancos concentram a maior parte das dívidas (66,74%), seguidos de Serviços Básicos (9,87%) e Comércio (9,73%)
A inadimplência da população brasileira atingiu, em março, o maior número da série histórica da pesquisa mensal realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). De acordo com o Indicador de Inadimplência, quatro em cada dez brasileiros estavam negativados no mês passado – representando 69,66 milhões de pessoas. Em termos percentuais, houve aumento de 3,89% ante março do ano passado e de 1,54% na comparação com fevereiro.
Os juros altos da economia constituem o principal fator de aumento da inadimplência. Não à toa, o número de dívidas cujo credor é o setor financeiro subiu 10,83% na comparação com o ano passado, enquanto as dívidas com água e luz (-7,81%), comércio (-3,32%) e comunicação (-1,45%) tiveram queda no período.
“O número de inadimplentes cresceu mais um mês, atingindo o maior número da série histórica do indicador. O cenário demonstra um agravamento da situação financeira das famílias brasileiras e a dificuldade em manter as contas em dia”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.
De acordo com o levantamento da entidade, 42,01% dos brasileiros adultos estão com o nome registrado nos serviços de proteção de crédito.
Em termos de participação total, os Bancos concentram a maior parte das dívidas, com 66,74%. Na sequência, aparecem Serviços Básicos (9,87%), Comércio (9,73%) e Outros (8,02%).
Os dados ainda mostram que três em cada dez brasileiros (30,47%) tinham dívidas de valor de até R$ 500, percentual que chega a 44,11% para dívidas de até R$ 1.000. Por faixa etária, a pesquisa aponta que a participação mais expressiva é da população entre 30 e 39 anos. Segundo a CNDL, mais da metade (50,79%) da população desta faixa etária está com dívidas em atraso.
Em termos regionais, o maior percentual de inadimplentes foi identificado na região Centro‐Oeste, onde 45,91% da população adulta está com dívidas em atraso. Na outra ponta, a proporção de devedores na região Sul equivale a 37,59% da população adulta.