País gerou 1 milhão de empregos com carteira de trabalho no primeiro semestre, 26,3% a menos do que no mesmo período do ano passado
O Brasil encerrou o primeiro semestre deste ano com um saldo positivo de 1.023.540 milhão de empregos formais criados. Em junho, o Caged registrou a criação de 157.198 empregos com carteira de trabalho. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, foram 1.914.130 contratações contra 1.756.932 demissões, resultando num estoque de 43.467.965 postos de trabalho no mês.
Os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) foram divulgados na quinta-feira (27) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.
Na comparação com janeiro a junho do ano passado, a geração de empregos no país caiu 26,3%. O saldo de empregos formais criados em junho foi 44,8% inferior ao registrado em junho de 2022, quando registrou 285.009.
De acordo com Luiz Marinho, “não fosse o comportamento inadequado do Banco Central, poderia ser, no mínimo, 189 mil em maio. Isso se repete também em junho. Não fosse essa inadequação esquizofrênica dos juros no Brasil, poderíamos estar falando da ordem de 200 mil novos empregos”. “Talvez nós pudéssemos estar comemorando no 1º semestre a ordem de 1,2 milhão ou 1,15 milhão de empregos”, completou.
INSANIDADE
Para o ministro, as altas taxas de juros inibem o crescimento e a geração de novos emprego no país. “O juros brasileiro é o mais caro do mundo. Hoje, com a inflação baixando, estamos com o juro alto e crescendo do ponto de vista do juros real. Então, é uma insanidade e eu espero que na semana que vem essa insanidade comece a amainar a partir da decisão do Copom”, disse em entrevista ao CanalGov, se referindo à reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, nos próximos dias 1 e 2 de agosto, quando o País espera pela redução da taxa de juros, hoje em 13,75%, desde agosto do ano passado.
Segundo o Caged, o maior crescimento do emprego ocorreu no setor de Serviços, com um saldo de 76.420 postos formais. A agropecuária foi o segundo maior gerador de postos no mês, com +27.159 empregos gerados. A construção civil veio em seguida, gerando 20.953 postos. O Comércio, com saldo de +20.554 postos, ficou em quarto lugar, seguido da indústria que gerou +12.117 vagas no mês.
O salário médio real de admissão foi de R$2.015,04 em junho, com um aumento de R$12,47 em relação a maio (R$ 2.002,57). Na comparação com junho do ano passado, o que desconta mudanças decorrentes da sazonalidade do mês, o ganho real foi de R$ 34,60.