A deputada Jandira Feghali (PCdoB-SP) afirmou que as “taxas exorbitantes” de juros impostas pelo Banco Central “sufocam investimentos, aumentam a desigualdade e penalizam trabalhadores e pequenas empresas”.
Jandira avalia que “apenas uma elite financeira” é favorecida por essa política. Ao longo do ano de 2024, os gastos com juros da dívida foram de R$ 918 bilhões, maior valor da série histórica iniciada em 2002.
Em publicação feita nas redes sociais, a parlamentar defendeu que “a redução dos juros é fundamental para liberar recursos para saúde, educação e assistência social”.
“É hora de colocar o povo no centro das decisões econômicas”, declarou. Jandira Feghali apontou que é necessário “construir um modelo econômico que promova o crescimento inclusivo e beneficie a maioria dos brasileiros”.
A taxa básica de juros é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Em sua última reunião, o órgão elevou de 11,25% para 12,25% a taxa Selic, aumentando os gastos do governo federal com bancos.
E ainda sinalizou aumentos de dois pontos percentuais na taxa Selic, nas próximas duas reuniões do Copom, elevando-a dos já absurdos 12,25% para 14,25%.
O presidente do BC, Gabriel Galípolo, publicou uma “carta aberta” endereçada ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acenando com a manutenção dos juros altos e com sua possível elevação.
Enquanto os banqueiros e especuladores assaltam os recursos públicos por meio de juros altíssimos, o governo, através da equipe econômica, fez um pacote de cortes atingindo trabalhadores, estudantes e a população mais pobre.
Na “carta”, além de receitar juros mais altos, Galípolo ainda prega a “necessidade” de mais cortes no orçamento, o que coloca o país na via da recessão.