A blogueira e youtuber Antonia Fontenelle foi condenada a três anos e três meses de prisão em regime semiaberto por expor a gravidez da atriz Klara Castanho. A influenciadora Adriana Kappaz, conhecida como Dri Paz, também foi condenada na mesma ação. Ela foi condenada a um ano e seis meses em regime aberto e deverá prestar serviços à comunidade, além de pagar dez salários-mínimos à Klara Castanho.
Segundo informações divulgadas pelo colunista Daniel Nascimento, do jornal O Dia, a juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza condenou Antonia Fontenelle a cumprir 3 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto, que se caracteriza pela saída do presídio durante o dia para cumprir atividades como trabalhar e estudar, e o retorno à noite.
Fontenelle, porém, não teve o mesmo benefício por já ter perdido sua condição de ré primária em outubro de 2023, quando foi condenada em outro processo movido por Felipe Neto. Ela, inclusive, já teve que pagar R$ 50 mil para Klara Castanho pelos crimes julgados.
Em 2022, Fontenelle expôs a gravidez de Klara Castanho. A atriz afirma que foi por isso que se viu forçada a revelar publicamente que foi vítima de um estupro. Foi após as influenciadoras e o jornalista Leo Dias revelarem sua gestação e posterior doação do bebê para adoção, que ela falou publicamente sobre o caso.
Na época, a atriz gravou um vídeo revelando que foi abusada sexualmente e engravidou do criminoso, e que por isso o colocou para a adoção voluntária, conforme é previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, em um artigo em vigor desde 2017.
A youtuber bolsonarista, que fracassou nas eleições daquele ano, respondeu a um comentário após o vídeo dizendo que a história de Klara Castanho era “monstruosa, porém virou banal”, também a acusando de abandono de incapaz: “Ainda mais quando se tem uma situação financeira muito boa, crime em dobro”, disparou na época.
Ainda naquele ano, a atriz abriu um processo contra Fontenelle pedindo indenização de R$ 100 mil. Porém, apesar de ter recebido R$ 50 mil da youtuber, a Justiça negou a remoção do vídeo do YouTube, por considerar o fato “uma espécie de censura”.