Justiça Eleitoral confirma cancelamento da candidatura de Marçal e Pros integra coligação de Lula

Candidatura do coach foi impugnada pelo TSE. Foto: Reprodução - Redes sociais
Nome do candidato foi retirado pelo partido após disputa interna e na Justiça. Ministros homologaram pedido de cancelamento por unanimidade

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) homologou o cancelamento do nome de Pablo Marçal, do Pros (Partido Republicano da Ordem Social), na corrida presidencial.

A votação foi na noite desta terça-feira (6), por unanimidade.

O coach e influenciador digital foi indicado inicialmente em convenção realizada em 31 de julho. Ele contestou decisão da Comissão Executiva Nacional do partido que revogou o lançamento da candidatura e cancelou a indicação dele e de Fátima Aparecida dos Santos, então candidata à vice.

A decisão do órgão partidário foi tomada em reuniões ocorridas em agosto. O partido anunciou a adesão à Federação Brasil da Esperança, que tem como candidato o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), composta pelo PT, PCdoB e PV, com apoio do PSB, PSol, Rede, Solidariedade, Avante e Agir (antigo PTC), e agora, o Pros.

Ao analisar o caso, o relator, ministro Alexandre de Moraes, escreveu que deve ser prestigiado o panorama atual do partido, presidido por Eurípedes Gomes de Macedo Jr., “independente de eventual impugnação ou invalidade das atas convencionais que autorizam o ingresso do partido na coligação Brasil da Esperança”.

SEGUNDO VETO

Esta é a segunda candidatura vetada pelo TSE. Na última quinta-feira (1º), a Corte Eleitoral negou o registro de Roberto Jefferson (PTB), uma vez que ele está inelegível em razão da condenação que sofreu no processo do “mensalão”.

No lugar dele, foi feito o pedido de registro de candidatura do vice, Padre Kelmon, que será analisado nesta quinta-feira (8).

REGULARIDADE DE ATOS PARTIDÁRIOS

De acordo com Moraes, isso deve ser examinado “em momento processual adequado no respectivo DRAP da aliança”. O ministro se refere ao Drap (Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários).

O plenário homologou o demonstrativo que anulou a convenção de julho e, com isso, as candidaturas de Pablo Marçal e Fátima Santos ficaram prejudicadas.

ENTENDA O CASO

No mesmo dia em que o partido confirmou o lançamento de Pablo Marçal, porém, depois de disputa judicial, Eurípedes Júnior retornou, em 16 de agosto, à presidência do Pros.

Favorável à campanha de Lula, as ações se voltaram contra a manutenção da candidatura própria, preferindo integrar coligação com o líder petista. Desde então, a ala do Pros favorável a Marçal brigava na Justiça contra a gestão de Eurípedes sobre o papel da sigla nas eleições.

Em meio à disputa judicial, Eurípedes Júnior encaminhou ao TSE o pedido de revogação do Drap que confirmava a candidatura de Marçal, que Moraes deu provimento ou deferimento.

M. V.

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